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30.6.09

H is for Horta


Like, you know, rockin' it in Utah fo' shizlle, bee-atches! Totally gangsta-style. Word. Also, no helmet law in Utah. Freaking weird.

26.6.09

stand by...

Estou noutro continente a bulir para pagar as contas, contem com actividade mínima durante uns 10 dias. Deixo-vos com uma partida nocturna da recente Resistência de 24 horas. Brroooaaappp!!



25.6.09

23.6.09

Um dia inteiro a resistir

As 24 Horas de Resistência em Abrantes foram do top! Já recuperado do calor abrasador, das 4 horas dormidas num Fiat Uno e da triagem de 600 fotografias manhosas, eis o meu micro-relato que os relatos grandes já não os faço desde os tempos do escudo.

As coisas começaram um pouco tremidas com duas viagens de ambulância, cortesia da Curva da Morte, mas a adição duma chicane antes da entrada para a recta da meta resolveu o problema. Foi uma equipa de Espanhóis que venceu a prova, e bem contentes ficaram eles. Vale tio! Óstia!


Não faltou acção durante a prova toda...


... incluindo ao nascer do Sol.


A minha scutra favorita era a LML com apenas 400 quilómetros no mostrador (!), ainda a brilhar sem um único arranhão. Portou-se muito bem, com a lista de problemas a incluir apenas um furo e um selector raspado.


Os selectores raspados eram algo comum; pôr epoxy no selector para tapar o buraco era quase manutenção regular. De noite até saíam faíscas!


Resto das fotos aqui, ou aqui em glorioso slideshow. [Edit: links do Flickr estão mortos] Facto interessante: numa Resistência de 24 horas tira-se o dobro das fotos de uma Resistência de 6 horas. O número de fotografias não-ranhosas mantém-se igual, no entanto.

15.6.09

LML de dois tons: fotos exclusivas!

Tive que ir a Itália por alguns dias em trabalho (se é que se pode considerar andar de bicla em trilhos deslumbrantes com todas as despesas pagas como trabalho) e adivinhem o que eu vi:



LMLs à venda em Itália! Como compreenderão, um tão abundante avistamento de máquinas Indianas em território transalpino, ainda por cima quase todas infectadas pela Peste Branca (pneus, tenho que explicar tudo?!), deixou-me em estado de choque. Depois de confirmar que o Sol não estava a nascer a Oeste e que a chuva não caía para cima descartei a hipótese de ter sido transportado para algum bizarro universo alternativo Douglas-Adams-iano e comecei a lidar com a realidade.

Fiz um inventário de cores: verde-"tropa", branco, azul eléctrico, vermelho, creme, verde-pistachio, roxo e... OMFG! Uma versão two-tone cor-de-rosa com banco a condizer?!!! Vamos ver mais de perto:



Sim, confirma-se. Uma LML Star DLX two-tone cor-de-rosa com pneus de faixa branca e banco a condizer. A minha vida não podia piorar neste momento. Mas... mas... O que é aquilo em segundo plano?...



Aaaarrggghh!!!! Two-tone azul-cueca com faixa-branca! Tantos hífens! Aaaiiii os meus olhos!!! E o raio do banco a condizer ainda por cima não condiz. Imediatamente atirei-me aos pés do Carabinieri mais próximo mas como não sabia dizer "por favor dê-me um tiro na cabeça e acabe com o meu sofrimento"(*) em Italiano, decidi perguntar antes o preço das máquinas.

A versão 125cc custa 2530 euros e a 150cc custa 2680 euros; se tivermos uma scooter velha para dar à troca, usufruímos de 500 euros de desconto graças a um programa de abate de veículos em fim de vida. Perguntei à menina se tinham vendido muitas e ela respondeu que eu era muito elegante e musculado e que só as tinham há um mês. Acho que se pode considerar isto como um "furo jornalístico" exclusivo da Horta: a LML fabrica Stars com decorações hiper-mega-ri-retro-fixes. (a cilindrada é anunciada por uns algarismos brilhantes no canto inferior direito da porta do porta-luvas (se eu meter uma porta de porta-luvas dentro dum porta-luvas este passa a ser porta-portas? E se eu abrir um negócio de entrega de porta-portas de porta a porta, onde meto as luvas? Respostas num postal para sexybob@cheap_gs_4_u.com (posso usar parênteses dentro de parênteses? (Fui ver à Wikipédia, parece que sim))))


O concessionário em questão, Cicli Adami, tinha cartazes pendurados no vilarejo anunciando a "lenda urbana". Como eu tenho a certezinha absoluta que a estética destas scooters em dois tons e o facto de ninguém em Portugal ter uma as tornam irresistíveis para muitos de vocês, deixo-vos aqui a tradução do pedido de encomenda que poderão fazer quando ligarem para o sr. Adami pelos contactos no cartaz:

"Bom dia. Quero encomendar uma LML Star DLX com pintura em dois tons azul-cueca/cor-de-rosa, pneus de faixa branca, descanso cromado e banco a condizer. É para entregar em Portugal, por favor."

Em Italiano: "Buon giorno. Ordino un LML Star DLX con vernice a due tonalità azul-cueca/cor-de-rosa, tracce di pneumatico bianco, cromato e sede di riposo a partita. E 'espresso in Canada, per favore."

Nem tudo é uma desgraça: é um sinal encorajante ver que o Google está a lutar contra mais esta tentativa de dominação mundial substituindo Portugal por Canadá. [Edit: já aparece Portogallo quando dantes aparecia Canada... :-\]

Vou impedir-me de discursar longamente sobre os efeitos a longo prazo no branco virginal dos assentos, sobre a manifesta falta de "cojones" de alguém que anda com uma Vespa cuequificada a uns meros 40%, ou sobre o elevado índice de panisguicidade do descanso pseudo-cromado. Vou, antes, constatar que as Pêxizers, os Apers e os Piaggios Porters continuam a marcar abundante e confortante presença nas estradas Italianas. No entanto, e apesar do hotel alugar Ciaos (Ciaozérs?) a preços catitas,...


..., não vi um único na rua. A justificação é óbvia: o uso de um veículo de cor única, pneus pretos, descanso preto e selim preto é um crime contra a moda. Pelos 15 euros que me custaria o aluguer por um dia poderia antes comprar e usar na rua dois aventais Vespa; o crime contra a moda seria muito menos grave.



(*) Acontece que é algo do estilo "per favore, mi dia un colpo alla testa e alla fine alla mia sofferenza"

9.6.09

Vespa TT, onde está você?

Eu sei que as Resistências estão a ter um sucesso descomunal mas não consigo evitar ter saudades das velhas provas de Vespa TT... Os pára-quedistas todos não fazem a mínima ideia do que é que eu estou a falar, pois não? A malta juntava-se na pista da Maia ou em Felgueiras com umas PKs amassadas, cravavam-se algumas pessoas para contar voltas e acenar as bandeiras, e o Mauro corria de t-shirt. Ah, os bons velhos tempos...

Era mesmo supimpa se se organizasse uma provazita/convívio de Vespa TT para não deixar morrer a modalidade. Ou preferem a velocidade à lama? O rácio diversão/investimento é imbatível e de certeza que há muitas máquinas encostadas que só precisam de ar nos pneus e gota no depósito. É uma ideia, pensem nisso. Olha o slaid-xou catita para avivar a memória... [Edit: slideshows do Flickr estão mortos]



5.6.09

Restauros vietnamitas inspeccionados

Finalmente consegui arranjar um par de horas sossegadas à frente do computador para finalizar a minha avaliação das Vespas restauradas no Vietname vendidas pela empresa Minipeças. Tentei ser o mais objectivo possível e apoiar-me apenas em factos e observações, sem preconceitos ou piadas fáceis. Dividi esta análise em vários capítulos, cada um deles focado num aspecto diferente das Vespas em questão.

Não tive oportunidade de andar em nenhuma destas Vespas ou de as desmontar- apenas retirei a tampa do motor- mas estou convencido que as observações resultantes são, mesmo assim, significativas. Enviei este texto aos responsáveis da Minipeças para lhes dar a oportunidade de contra-argumentarem as minhas conclusões, e os seus comentários aparecerão no fim. Agradeço-lhes novamente a sua disponibilidade em me receberem e o tempo dispensado.


ORIGINALIDADE:

Restaurar uma Vespa é colocá-la num estado exactamente igual ao do dia em que saiu da fábrica. Estas Vespas podem estar recuperadas/ arranjadas/ reconstruídas/ o que lhe quiserem chamar, mas a denominação “restauradas” não se aplica. O desvio do estado original existe não apenas ao nível da pintura, decoração e acabamentos, mas também na própria identidade do modelo: Vespas de roda 8 foram modificadas para roda 10 e máquinas mais modernas foram modificadas para se parecerem com modelos de “guiador de bicicleta”.


Esta falta de originalidade não é uma desvantagem automática visto que muitas pessoas apenas procuram uma Vespa vistosa não dando grande importância às especificações de fábrica, e até preferem algo único e customizado. No entanto, estes modelos híbridos sem identidade definida não têm nenhum valor de coleccionismo e só com dificuldade poderão ser revertidos ao seu estado original.

ESTÉTICA:

Este é um campo subjectivo e cada um terá que desenvolver a sua própria opinião. A minha opinião subjectiva e individual: são feias.


QUALIDADE:

Um dos responsáveis da Minipeças considerou a qualidade do trabalho mecânico da reconstrução destas Vespas como alta. A minha avaliação é exactamente oposta: fraca. A quantidade de pormenores indicadores de mão-de-obra fraca e desleixada é numerosa demais para listar: desde parafusos e borrachas incorrectos até forquetas e punhos pintados por cima o que indica que nunca foram desmontados nem revistos. As fixações modificadas dos cabos do travão dianteiro, por exemplo, onde o pino que segura as chapas de fixação do cabo tinha sido substituído em várias máquinas por um parafuso muito menos forte, é uma falha enorme ao nível da segurança que poderia ser corrigida com peças que valem umas dezenas de cêntimos.




A pintura aparenta ser saudável à primeira vista mas, mais de perto, notavam-se estaladelas e uma quantidade exagerada de betume; esta última aponta, invariavelmente, para atalhos no trabalho de chaparia. Um dos responsáveis ofereceu a justificação para estas falhas que estas seis Vespas eram as restantes dum lote de vinte e duas, e que já não eram a primeira escolha; 6 em 22 é mais de 25%, uma percentagem bastante grande de exemplares inferiores, na minha opinião. A qualidade das peças de substituição utilizadas variava bastante entre o adequado e o medíocre; notava-se a reutilização de muitas peças velhas.


PREÇO E DISPONIBILIDADE:

O preço destas Vespas rondava os 4500 euros, com legalização já incluída. Por este valor pode-se perfeitamente adquirir uma Vespa nacional e enviá-la para uma oficina experiente em Portugal que fará um trabalho de qualidade segundo as nossas especificações, incluindo customizações de cores e acessórios cromados. Se não quisermos investir tempo e esforço a adquirir uma scooter velha e a acompanhar o processo de restauro, a disponibilidade imediata destes restauros Vietnamitas é conveniente; no entanto, esta disponibilidade não é exclusiva já que nos classificados abundam Vespas nacionais recuperadas com preços até inferiores.


GARANTIA:

Não existe qualquer tipo de garantia oficial já que se trata duma venda de particular a particular. O vendedor exprimiu a sua disponibilidade em tentar resolver qualquer avaria que possa suceder, e informou que a única avaria registada até então tinha sido um afinador partido. Quando inquirido acerca da maior quilometragem efectuada por uma destas Vespas importadas, a resposta foi “centenas e centenas de quilómetros” o que, na minha opinião, é uma distância insuficiente para aferir da fiabilidade (ou falta dela) destas máquinas.

CONCLUSÃO:

Se existem recuperações de qualidade a virem do Sudoeste Asiático, estas não fazem parte deste grupo. Por todo o lado se encontram indicações de atalhos incompatíveis com uma recuperação completa e cuidada, falta de atenção aos pormenores e falhas básicas de mecânica; as fixações dos cabos do travão dianteiro observadas tornam estas Vespas perigosas para o condutor, passageiro e qualquer utente da via pública. Não há razão para pensar que o nível de qualidade nas zonas fora de vista ou no motor seja diferente.

Exceptuando a disponibilidade imediata e a escolha entre várias máquinas garridas e vistosas, não consigo encontrar nenhuma vantagem em adquirir um destes “Vietbodges”: a sua qualidade é fraca atravessando a fronteira para o perigoso; o preço é muito elevado; a identidade original dos modelos, alguns até coleccionáveis, é eliminada; está-se a comprar a uma empresa que se dedica à venda de peças para Minis e que não é especializada em Vespas nem está ligada à cena scooterista nacional, limitando-se a importá-las.

A minha recomendação em relação a estas Vespas específicas e aos Vietbodges em geral continua a mesma: não comprem nem deixem ninguém comprar. Se estão interessados em gastar 4500 euros dirijam-se a uma oficina de restauros experiente e estabelecida que vos entregará uma Vespa nacional de qualidade muito superior capaz de longos anos de serviço, e não uma Vespa duvidosa cheia de betume montada no Terceiro Mundo por um desconhecido que prefere poupar cêntimos a garantir a segurança e fiabilidade do seu produto.


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"No uso do seu direito de resposta a Minipeças – Unipessoal, Lda., vem tecer as suas considerações, acerca das conclusões técnicas e especializadas retiradas pelo Sr. sobre as nossas vespas que pôde inspeccionar com toda a liberdade e cordialidade com que a Minipeças sempre recebe qualquer cliente, fornecedor, ou qualquer outra pessoa nas suas humildes instalações.

Apesar do Sr. ser um especialista nas duas rodas, nomeadamente nas vespas, não pode de modo algum obnubilar ou diminuir a formação, informação e competência da Minipeças no panorama dos clássicos em Portugal. Pode referir-se um simples dado estatístico segundo o qual a Minipeças foi em 2007, 2008 e primeiro trimestre de 2009 o maior importador do mundo de peças e acessórios para minis, a partir do Reino Unido – dados fornecidos pela Minispares UK, Ltd.

Portanto, quanto a avaliar qualidade de restauro, fiabilidade e segurança, em clássicos, esta empresa fundada em 2003, na pessoa do seu único Sócio e Gerente, admite poucos ensinamentos. De resto, os milhares de clientes espalhados por este país, e que na sua grande parte são as oficinas de restauro de renome que o Sr. refere, que fazem os restauros de originalidade impar, não deixarão de o confirmar.

Poderá certamente o leitor concluir, como o Sr. Hugo, que uma pessoa que se especializou nas quatro rodas, não terá a mesma sensibilidade ou preocupações a nível de segurança no que concerne às duas rodas, como se não fosse tão grave falhar a travagem num veiculo onde vai o condutor e toda a família, como num em que apenas circula o condutor e, eventualmente um pendura.

Neste âmbito, urge referir mais um dado histórico nas origens da Minipeças, que muitos poderão desconhecer ao lerem apenas a firma, mas que lhes soará familiar se conhecerem o respectivo sócio-gerente. Pois esta mesma pessoa que hoje comercializa peças para mini, iniciou a sua vida nos clássicos com apenas 16 anos, nos finais da década de 80, onde restaurava todo o tipo de motociclos clássicos. Durante toda a década de 90, comprou, restaurou e vendeu largas centenas de motos, na sua grande maioria provenientes do exército português, que ainda hoje circulam com o mesmo restauro com que saíram da sua modesta oficina. Até à presente data, ainda nenhuma ocorrência foi registada com tais veículos, pois sempre se primou por valores fundamentais como a fiabilidade e segurança, inicialmente nas motos e posteriormente nos minis e outros clássicos que a Minipeças comercializa e restaura.

Mas centrando-nos nas nossas vespas, cumpre dissipar a primeira ideia veiculada pelo Sr. Hugo. Pois o mesmo afirma que veio analisar as vespas sem qualquer preconceito e de espírito aberto. Ora, a contaditio nos termos é evidente, pois o preconceito é a única razão de ser da presente reportagem. De outra forma como se explica que este Sr. se predispunha a fazer várias centenas de Kilometros para vir ver as vespas, se não fosse por saber que eram de proveniência asiática e ter a ideia pré-concebida que as vespas restauradas naquela parte do globo são de baixa qualidade?! Se à sua primeira solicitação o tivéssemos informado de que as vespas vieram de Espanha ou de França, ou de qualquer outro país que não da Ásia, o interesse nas mesmas morria à nascença.

Como se nos países ditos desenvolvidos também não se trabalhe mal, e muitos dos que fazem os restauros também não dêem muitas voltas e reutilizem muito material para poupar no preço do restauro e ganharem mais na venda.

Parece que em países como o nosso, onde os restauros são de qualidade (pois não somos do terceiro mundo) também não existe a qualidade e excelência de um (permitam-me a publicidade) Manel das Vespas, e os sapateiros que fazem restauros deploráveis, que o Sr. Hugo melhor que ninguém relata no seu blog, nomeadamente com fotos de vespas expostas em locais e certames de renome.

Foi com este espírito e com a certeza de que em todas as partes do mundo existem bons e maus profissionais, que a Minipeças arriscou a importar primeiro uma, mais tarde duas, depois mais duas e por fim 18, vespas, sempre do mesmo exportador. Ao contrário de muitas pessoas que comercializam neste meio das duas rodas, mas que se limitam a especular sobre a qualidade dos restauros, mas que nunca se predispuseram a arriscar importar para poderem confirmar os boatos.

A qualidade das primeiras determinou a importação das segundas e assim sucessivamente. Note-se que a qualidade aqui foi paga, pois não nos compadecemos em importar as mais baratas, mas sim as que ofereciam melhores garantias de qualidade, o que viemos a confirmar. Assim, as nossas vespas estão longe de ser aquelas que se vêm anunciadas por quantias a rondar os $1.000,00 USD, daí que seja impossível comercializá-las por preço inferior ao que foi comunicado ao Sr. Hugo.

Por outro lado, aquando da visita do Sr. Hugo, as vespas que restavam eram efectivamente as ultimas e muitas tinham já algumas mazelas superficiais devido aos muitos quilómetros que têm percorrido nas deslocações para as feiras, exposições, bem como os testes a que foram submetidas para a legalização. Contudo, nenhuma vespa é entregue sem uma inspecção final e qualquer pormenor em falta é solucionado, ou o preço reajustado com o cliente.

Para concluir, até à presente data, cada cliente tem sido um amigo, e se naquela data as vespas vendidas tinham ainda poucos Km’s hoje algumas já têm milhares e nunca houve qualquer problema ou reclamação e, felizmente, ainda não partiu nenhum parafuso do travão que provocasse o despiste ou acidente de alguém… de resto até é estranho que nem de uma espia partida os clientes se têm queixado, quando como todos vós sabeis, elas partem tão facilmente… Será certamente porque as peças aplicadas nestas vespas são as mesmas que todos vós comprais nas lojas da especialidade, pois apesar de haver muita vespa a circular e a restaurar, o volume delas, enquanto clássicos, não justifica que hajam várias fábricas abertas a produzir peças especificas, assim, tanto nas vespas, como em qualquer outro clássico, as peças vêem invariavelmente da mesma origem. Ou pensavam que os chineses não sabem escrever as palavras em italiano que vêm nas caixas das peças, mas depois têm por baixo Made in China, Taiwan, …, pois é, é que de facto a mão-de-obra lá é mais barata…. Muitos dos que já viram e compraram as nossas vespas são unânimes em afirmar que uma vespa com a qualidade do restauro destas em Portugal, custaria quase o dobro, atento o preço da mão-de-obra.

Despeço-me assim com os melhores cumprimentos, agradecendo ao Sr. Hugo a visita e a oportunidade de publicitar as nossas vespas no seu tão aclamado site/blog. Uma ultima palavra para os amantes da vespa - amantes de clássicos como nós – que não se deixem pautar por ideias pré-concebidas, do que é ou não aceitável, do que é ou não original, o que se pode fazer ou o que é proibido nisto dos clássicos. Reparem no orgulho com que as outras pessoas exibem os seus veículos personalizados, uns mais à época, outros mais modernizados, mas sempre e unicamente com paixão pelos mesmos. A vespa, como o mini, o beetle, o dois cavalos e a 4L, são os clássicos do povo, e o povo é a expressão da liberdade e da diferença – viva a diferença, a liberdade de expressão e o respeito pelos gostos e excentricidades de cada um.

Acabando como começa o Sr. Hugo, se restaurar é por o veículo como ele saiu da fábrica, então cada um de vós quando prepara a vespa para ir para a pintura está a cometer um atentado à originalidade, pois a única tinta que se poderá dizer original, é aquela que vocês acabaram de arrancar da mota e que já não volta mais…

Felicidades a todos, e já só cá temos 5 vespas… mas estão mais a caminho.

Minipeças – a Gerência " [ênfases do autor]


E prontos, aí têm. A resposta da Minipeças levanta pontos adicionais mas não vale a pena chicotear mais o cavalo. Já viram a coisa pelos dois lados, agora decidam vocês. O conjunto completo das fotos está aqui.

4.6.09

Vespershop II

Uma das postas que mais reacções suscitou nos últimos tempos foi a do Vespershop. Exceptuando o habitual comentário anónimo do tipo "como é que se atrevem a criticar", gosto de pensar que as pessoas até receberam bem este projecto tendo em consideração os desastres recentes a nível de ofertas de restauro comercial: os vietbodges da Nacional e a outra oficina que não desmonta os pedais de travão são dois exemplos que me vêm à mente e que justificam abundantemente uma dose saudável de cepticismo inicial.

Entre os que souberam utilizar os comentários de maneira construtiva encontram-se o Hélder e o João, responsáveis por este empreendimento recente dedicado às scooters clássicas. Apresentaram-se e informaram que uma das Vespas deles estava exposta numa montra aqui no Porto. Logo que pude passei pelo sítio, à espera de apreciar um modelo clássico restaurado, mas saiu-me uma customização.

Fico à espera de mais avistamentos de produtos Vespershop para poder formar uma opinião.



Já agora, também há outra Vespa numa montra em Matosinhos. O amarelo será o azul-cueca da próxima década.


3.6.09

Mais estragos

TSQPDFRATMQ (Tu Sabes Que Precisas De Fazer Revisão Ao Teu Motor Quando): o bronze da embraiagem sai em dois bocados e faltam 40% do segmento de cima. Onde foram parar não sei mas garanto-vos que visitaram o topo do pistão, a julgar pelas picadelas.

E se girarem a cabeça no sentido dos ponteiros do relógio, é uma cara sorridente! (-8



2.6.09

Dude, where's my freio?

Eu sabia que tinha perdido compressão quando agarrei há ano e meio mas nunca pensei que os estragos fossem tão... visuais. Em baixo podem ver que desapareceu um dos freios da cavilha do pistão! Não só o pistão está diligentemente arranhado a toda a volta como apresenta várias mordidelas e crateras interessantes em sítios variados.


Foto: Powered By Sam

E, sem freio a segurar a cavilha, o que é que a impede de se chegar ao lado e roçar na parede do cilindro criando um Canal do Panamá metálico a toda a altura do meu "barrote de Pontedera"? Nada. Este cilindro morreu.


Foto: Powered By Sam

Apesar destes danos graves o maquinão continuava a trabalhar e a comer quilómetros: pegava bem, aguentava o ralenti, tinha força, enfim- fazia tudo o que tinha que fazer, e fê-lo durante mais de um ano. Morria só um bocadito nas subidas mas isso ficará explicado amanhã.

PX = granito