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29.2.08

Nazi ou charutos?

Estava eu a rolar na VCI de PX e ultrapassa-me um tipo numa GTR (eu ia devagar, não tinha pressa). Dois pensamentos apoderaram-se instantaneamente de mim: "Mais uma Vespa azul-cueca? Esta m&%$a é moda?!" e "Se o distintivo diz GTR, então por que raio é que tem frisos de Sprint?".

Fiquei um pouco perturbado comigo mesmo por ter tido esses pensamentos tão negativos e automáticos, se bem que factualmente correctos, em vez de algo como "Boa, outra Vespinha clássica nas ruas!". Digam-me, sou eu que me estou a tornar num Nazi dos restauros, ou são as Vespas que andam por aí uns charutos abortosos? Deixem um comentário com a vossa opinião:
  • Nazi, ou
  • Charutos
(se eu tivesse aptidões de Photoshop, desenharia uma cruz suástica em azul-cueca com linhas delimitadoras cromadas para ilustrar esta posta)

28.2.08

Vespa painting for dummies

Os colegas do Scooter Log descobriram este vídeo no incontornável Youtube. Confesso que eu também já assisti a alguns episódios do Bricomania, mas mudava de canal sempre que os ménes passavam das prateleiras para a jardinagem. Nunca suspeitei que eles abordassem algo mais complicado que a repintura de mobília de jardim em ferro forjado. Pois bastam um destornillador e 19 minutos de música de elevador para se pintar una moto!



Nem que seja para efeitos de entretenimento, aqui estão a segunda parte e a terceira parte. O homem faz para lá uma sucatices valentes, mas o castigo dele é ter que andar na Vespa do Poupas.

27.2.08

Estacionamento de Sprint - Director's cut

Lembram-se de eu ter falado dum estacionamento de Sprint num filme antigo? Pois o Nuno Lourenço, grande seguidor da Horta e Mestre de todas as internets e ciências audiovisuais, estendeu a sua possante mão em direcção ao éter e capturou em imagem móvel aquilo a que eu me referi, evitando-me a humilhação patética de estar a descrever uma cena sem apresentar um correspondente vídeo ilustrativo.

Se ignorarmos por um instante que em Agosto de 62 ainda não existiam Sprints, poderemos então deliciarmo-nos com todas as gotas de sumo suculento que são possíveis de espremer deste fruto rechonchudo e sumarento que cresceu na Horta, graças ao produtor de estrume que é o Nuno Lourenço. Hmmm, isso não soou muito bem...



Primeiro está o méne a perseguir as motas da polícia pela avenida fora, já de si uma situação inversa e caricata. Depois, ele corta à esquerda sem sinalizar de maneira alguma a sua mudança de direcção, transposição de faixa contrária ou estacionamento e imobilização iminentes. À homem, portanto. E depois, o estacionamento. O estacionamento, senhores! Reparem como ele encaixa habilmente o estrado da Vespa no passeio, sem sequer necessitar de confirmação visual que o conjunto resultante está estável. Muito pelo contrário! Antes sequer de largar os punhos, já está ele a olhar fixamente para o telefone em cima do balcão, tentando marcar os números com a força da mente para adiantar trabalho. Demonstrando a rectidão de trajecto de uma seta medieval e a precisão dum míssil ar-navio de fabrico francês, ele dirige-se ao telefone com a rapidez dum teletransportador onde não perde tempo a monopolizar o o dito aparelho sem sequer pedir ao patrão para pôr o contador de impulsos a zero, ou pedir uma água sem gás, na ânsia de saber o resultado da equipa de andebol feminino da Maria Odete. À homem, portanto.

As Sprints transformam gajos em homens, desde 1962.

26.2.08

Confissões de um pecador

Esta mensagem pungente materializou-se na minha caixa de correio e achei por bem partilhá-la com todos vocês, na intenção de afastar os jovens dos maus caminhos. Mais dramática se torna por lidar com uma scooter germânica normalmente associada com classe, elegância e sofisticação. O conhecido protagonista identificou-se, mas vou dizer que a mensagem é anónima pois dá mais pinta. Imaginem aquelas silhuetas pretas das testemunhas que não querem aparecer na televisão, e leiam esta triste história com uma voz distorcida electronicamente.

Pelos meus 20 anos, fartinho de levar coça de tudo o que era DT’s, RZ’s e sucedâneos, decidi que havia de arranjar maneira de fazer a Heinkel arrastar os seus 150Kg mais depressa que aqueles mosquitinhos zumbidores. E arranjei: culassa rebaixada, pistão com as saias cortadas, carburador maior e outros pozinhos, a agora conhecida como Floribela* andava que se fartava, levando-me a comportar como qualquer vulgar motoqueiro jagunço, mas mais depressa ainda. Foram dias de glória imensa, mas poucos dias.

Uma bela noite, a subir D. João IV, bem depressinha e todo contente a atirar fumo aos mosquitos furiosos que não se conformavam em aceitar a superioridade evidente da Heinkel, curiosamente mesmo em frente a um concessionário da Vespa que ainda agora lá está embora fechado, a magnifica germânica bufou, resfolegou, deu um estrondo e parou!

Biela partida, cambota empenada, cárter furado e o dono %&##”$%&& e apeado, claro. Uma parte do resultado encontrei-o agora e não podia deixar de o partilhar contigo. Continuo a procurar o resto.

Chamo a atenção não só para a reduzida altura do pistão que, recordo-me, foi cortado com um serrote, qual mini-saia, a aba partida pela biela na sua saída furiosa, e as várias “pancadinhas” que as válvulas iam dando no pistão.

Mas andava… e muito.

Afinal não são só as Vespas que avariam.
* Nome fictício para protecção dos envolvidos

25.2.08

Kitanço do kasaco

O meu casaco motárde, à custa de elevada quilometragem, perdeu os puxadores dos fechos. Partiram-se de tanto uso. Depois de coçar um pouco a cabeça, arranjei uns serra-cabos XXL e uns bocados de arame de jardinagem, e criei os meus puxadores de substituição. Um dia destes vou eu na estrada e deparo-me com uma excursão do Vespa Clube Feminino de Scooters Clássicas e Halterofilismo da Suécia. Elas estão com uma avaria e necessitam dum serra-cabos XXL para poderem prosseguir viagem. Os meus puxadores de fecho salvam a situação e fornecem-me os números de telefone da comitiva inteira. Sweet.


23.2.08

Casal by Horta @ RdV

Yo, confirmem! Os bacanos do Rodas de Viriato West Side mandaram uns props aos Horta Gang Bangers, sóce. Os ménes 'tão a tripar cus manuais extremos da Casal! [EDIT: todo o material Casal está agora aqui] Sai um respect à maneira pós manos dos charutos nacionais, a representarem o aço tuga no cibergueto, todos os dias, yo. Passem pelo território e chequem o produto deles, cenas mesmo de tripar, merda da boa mesmo. Senão naifo-vos todos. Megaprops ao nigga padeiropt, criador de alguns dos manuais. You da man. Hip-hop 4 l1f3, mo'fos.

22.2.08

As Sagradas Escrituras do Garageiro Omnisciente

Lembram-se deste tipo, que se esqueceu de retirar as borrachas da bateria antes de mandar o quadro para pintar? Pois achei um caso semelhante, apresentando pormenores interessantes em quantidade e variação suficientes para justificarem uma segunda visita a tão incompreensível fenómeno. Sim, roubei descaradamente esta foto dum fórum vespista nacional. Se o autor respectivo desejar crédito, terei todo o gosto em fazer-lhe a vontade mas recomendo contra.

Por onde começar? Por onde começar? Vou imaginar que a tonalidade escolhida é na realidade algum branco copiado dum Ford Fiesta comercial, e que apenas parece azul-cuequesca na foto por causa do flash. A sucatice primordial, aquela que me atraiu como o cheiro de pão fresco e estaladiço acabado de sair do forno barrado com manteiga depois de 16 horas sem comer, é a tampa do rectificador pintada. Porque é que esta peça não foi retirada antes da pintura? Simples! A sua extracção necessita de três ferramentas especiais de fábrica da Piaggio extremamente raras e indisponíveis ao amador profissional: um polegar, um indicador, e um Q.I. acima de 30.

E, mesmo que a tampa fosse retirada do seu sítio tendo sido gastos nessa tarefa uns incomportáveis 7 segundos, o que dizer do rectificador que se esconde por baixo? Aquele que está fixo ao quadro por uma única e intimidante porca de 8mm ou algo semelhante? Nem pensar em separar o que as Divindades de Pontedera uniram! As Sagradas Escrituras do Garageiro Omnisciente contam a história de como o semi-deus Ascanio subiu aos montes para roubar a espada do terrível ogre Vietbodge e como, com o seu metal precioso, fundiu o primeiro quadro Vespa com o rectificador incorporado. Os Espíritos Métricos ficariam horrivelmente enfurecidos se o Homem tentasse separar o que Pontedera uniu. Uma maldição avassaladora assolaria todas as garagens durante 70 dias e 70 noites. Primeiro, uma chuva de areia decaparia todos os centímetros quadrados do quadro. Em seguida, uma chuva de zinco cobriria todo o seu aço. Por fim, uma camada de tinta brilhante revestiria esse metal, e nada mais que metal. Seria o Fim do Mundo, o Armagedão. Pois o quadro e o rectificador são um! Amaldiçoado seja o que os tentar dividir, e os seus filhos, e os cães dos seus filhos, e as pulgas dos cães dos seus filhos. "E ao vigésimo terceiro dia, Paolo apertou uma porca de orelhas com o polegar e o indicador. E essa porca selou o altar do Sagrado Rectificador para sempre. O que foi unido, jamais seja desmontado. Pinte-se por cima dos plásticos, das borrachas e dos parafusos."- Sagradas Escrituras do Garageiro Omnisciente, Livro de Ascanio, Capítulo VSB, versículos 13-17.

Ah sim, um dos furos das borrachas também é maior que os outros (?????) e o tabuleiro da bateria desapareceu. Ou são mais sucatices, ou deve ter sido algum protótipo secreto de competição da Piaggio com refrigeração e sistema eléctrico modificados. É, deve ser um protótipo.

20.2.08

Rotação de frota fotográfica

Vocês saberão que é altura de comprar uma máquina fotográfica nova quando os telemóveis tiverem mais resolução que a vossa máquina. Foi assim que eu soube que a minha velhinha e fiável Sony P50 tinha que sair da linha da frente. Desde o início do século que ela me proporcionou excelentes serviços, constituindo pilar fundamental no nascimento e crescimento da Horta. Muito recentemente, acoplada a uma grande angular, foi a ferramenta-chave do primeiro e mais bem sucedido vídeo da Horta, "[P-Power]". Depois dumas 15.000 fotos e duas travessias do Atlântico, podes descansar agora, pequena Sony. O papá tem uma Panasonic FZ8 para fazer o trabalho pesado. Mas não te preocupes, ainda iremos fazer muitos vídeos juntos. Serás sempre a primeira.



(vêem aquela palavra "SONY" na tampa da lente? Pois aquilo não são letras pretas, são vários anos de sujidade acumulados no baixo relevo. Não é só a PX que anda porca.)

19.2.08

Vietbodges na net nacional

Lembram-se destes tipos? Pois parece que eles arranjaram um site onde anunciam os seus restauros vietnamitas duvidosos. Leiam os meus lábios: não comprem estas Vespas!

18.2.08

Competidores alcoolizados?

Estava eu a espiolhar no site do World Vespa Week, a versão comercial do extinto EuroVespa, quando me deparei com esta pérola nos regulamentos das provas de velocidade e perícia que lá serão realizados.
If a pilot will be in a drunken state before the contests, he will be disqualified.
Já há muito que me habituei à fraca qualidade do Inglês da newsletter deles, por isso estes recentes atentados à língua de Byron e Shakespeare não me incomodaram. Agora o facto de ser necessário um artigo especificamente dedicado à desclassificação de concorrentes bêbados nos regulamentos de todas as provas, isso já me intrigou. Momentaneamente, apenas, pois lembrei-me de pelo menos duas associações Vespistas nacionais cujo nome mistura a palavra Vespa com outro substantivo de cariz vinícola. Por que é que alguém achou que seria boa ideia combinar a operação de veículos motorizados com o consumo de álcool na designação pública de um grupo de pessoas é algo que me ultrapassa, mas que não ultrapassa a capaz e atenta organização do World Vespa Week. O seu domínio da língua Inglesa pode não ser perfeito, mas eles são espertos. Ao contrário dos Vespistas que bebem e conduzem.

17.2.08

Hortatoons

Hoje vamos tentar algo diferente. Não, não vou desenhar cartoons vespistas. Estava a pensar em algo mais na mesma linha de estilo que num dos meus sites preferidos, o Airtoons. Cá vai o meu primeiro Hortatoon (podem clicar-lhe que ele estica):

16.2.08

Vespa em filme

Lembram-se daquele filme o Chacal não sei das quantas com o Bruce Willis em que ele é um assassino todo pró? É compreensível que não se lembrem, pois não estamos a falar duma longa-metragem memorável. É apenas mais um remake foleiro dum autêntico clássico dos anos 70, The day of the Jackal.

Neste filme, o início recria um atentado real à vida do então Presidente De Gaulle. A caravana de Citroen DS pretos sai do palácio, e um gajo numa Sprint arranca desajeitadamente em perseguição. Pela avenida fora, vai colado a dois polícias em motas BMW. A parte fixe é quando ele pára à frente dum café para usar o telefone e avisar os colegas: ele apoia o estrado no passeio, sem usar o descanso, e salta logo para dentro do café deixando a Vespa lá fora, inclinada e a trabalhar ao ralenti. E depois o DS do Presidente é metralhado à bruta, e quase que bate noutro DS, e os gajos das motas atrás têm que guinar à força toda (por estranho que pareça, não há explosões monumentais nem efeitos especiais impressionantes, mas mesmo assim a cena é cativante. Hhmmmm... Será que os tipos de Hollywood sabem disto?).

Tentei procurar um vídeo que registasse este procedimento descontraído e cool de estacionar uma Sprint, mas só consegui encontrar o trailer. Apitem, se o acharem.

13.2.08

Pneus do amor

Aparentemente, amanhã é Dia dos Namorados ou uma treta do género. Mais um dia prostituído e deformado pelo consumismo desenfreado e pelos seus lacaios, as corporações frias e gananciosas (sim, acho que devemos todos deixar crescer barba, viver numa cabana no meio do mato, e colocar bombas nas universidades e nas linhas aéreas). Numa demonstração inequívoca de génio e criatividade transbordantes, eu, Ranger Bob, apresento agora uma fascinante e trabalhosa ligação entre o tema das scooters clássicas e o Dia dos Namorados: pneus do amor.



Consigo imaginar os engenheiros taiwaneses debruçados sobre o terminal do seu super-computador Cray, à espera que os pesados cálculos do novo modelo virtual de performance de pneus terminem. Finalmente, a mensagem "Finished - rendering profile..." aparece no monitor e o grupo de técnicos em camisas de manga curta comprime-se inconscientemente na direcção do monitor. Uma imagem simulada de pneu começa a aparecer de cima para baixo, lentamente. Catorze pares de olhos fixam-se silenciosamente na imagem, como se pudessem acelerar o seu aparecimento com a força da visualização intensa. Aos poucos, o novo piso revolucionário que porporcionará tracção extrema a milhões de scooteristas clássicos é revelado em toda a sua glória: coraçõezinhos trespassados por uma seta com cupidos rechonchudos de lado! Os engenheiros guincham entusiasmados e trocam apertos de mão vigorosos. No dia seguinte, as acções da Michelin e da Continental caem vertiginosamente. Um empresário dos sapatos de São João da Madeira compra as duas empresas falidas e usa-as para ressuscitar a marca Mabor General, produzindo pneus com sandes de leitão e com o galo de Barcelos no piso, que obtêm algum sucesso no mercado Ibérico.

Tenho dois destes pneumáticos montados na minha DL, como novos. Qualquer leitor com descuido total pela segurança rodoviária em geral e pela sua segurança pessoal em particular, e que ache que seja divertido rolar na via pública com estes pneumáticos queriduchos, pode fazer-me uma oferta. Eu insultá-lo-ei em primeiro lugar, e vender-lhe-ei estas duas magníficas obras de arte borracho-circulares em segundo lugar.

12.2.08

Faz-me confusão

Sabem o que me faz confusão? O Capitão Iglo. Ele vive sozinho numa ilha isolada, acompanhado por três dúzias de raparigas e rapazes de tenra idade. É ele que os alimenta; quando o homem aparece com comida, a miudagem fica felicíssima. Não há nenhum outro adulto à vista. Onde é que estão os pais destas crianças? Porque é que eles deixaram os seus filhos ao cuidado dum velho marinheiro que passou as últimas décadas fechado num navio com companhia exclusivamente masculina?

É isso e algumas fotografias visíveis por todos no site "em remudolação [sic]" duma empresa nacional que, alegadamente, efectua "um serviço especealizado [sic] em restauros de Vespas antigas": pedais de travão pintados! Não um, mas três. Um hat-trick de sucatice comercial que impulsiona este feito múltiplo a um nível tal dentro da escala de intensidade da Galeria dos Horrores que facilmente poderá ser classificado como um "clássico". Lembrem-se: estes tipos estão a cobrar por isto. Pelos vossos milhares de euros eles deveriam oferecer profissionalismo, experiência, conhecimento, rigor e qualidade de mão de obra. Na realidade, temos pedais de travão pintados.


Sou o primeiro a reconhecer que retirar o pedal de travão, por um lado um processo simples que envolve empurrar um único pino, por outro lado pode revelar-se uma maratona de frustração mecânica e de imobilidade ferrugenta. No entanto, o processo de restauro duma Vespa ou de qualquer outro veículo clássico não incide só sobre as operações fáceis. Por estranho que pareça, também incide sobre as operações difíceis! Se esta empresa que se auto-denomina de especializada (ou algum outro grafismo alternativo) não consegue retirar vários pedais de travão (não estamos a falar de um caso isolado), isso leva-me a pensar sobre que outras coisa é que eles não conseguem fazer. Que outros atalhos incompreensíveis é que a comunidade de restauradores/recuperadores/garageiros habilidosos tomará, e que ficarão escondidos por debaixo de uma pintura brilhante e de um farolim de concorrência em plástico?

11.2.08

MasterBlaster goes to Hollywood

Os tipos da revista Make: deram destaque ao Master Blaster no seu site (ver aqui), o que me fez muito feliz. Stylish paint job, indeed! O MasterBlaster 3000 é uma de apenas duas cabines de decapagem caseiras conhecidas na cena scooterista nacional, e a única a usar 100% de madeira reciclada.


Poucos são os que se apercebem da dependência total e insidiosa do consumismo. Hoje em dia, compra-se tudo. Já ninguém põe sequer a hipótese de fabricar ou criar aquilo de que precisa. Quando algo se avaria ou fica desactualizado ou com mau aspecto, vai logo para o lixo e compra-se novo. Como os tipos da Make: demonstram de inúmeras maneiras, é possível criarmos as nossas máquinas/ ferramentas/ veículos/ brinquedos/ tudo o resto e deixarmos de ser escravos das lojas e das indústrias; é possível combatermos a obsolescência planeada dos objectos descartáveis que nos são impingidos; é possível lutarmos contra o establishment consumista graças a umas bricolages à maneira. Deslocarmo-nos numa scooter com 30 anos é um bom começo. Let's stick it to the man transformando lixo em luxo.

10.2.08

Passeio de ano novo ScooterPT

Ontem juntou-se a malta do Norte para uma confraternização ScooterPTiana. De Guimarães a Leiria, o pessoal montou nos seus charutos fumegantes (quase quatro dezenas!) e convergiu sobre a pacata localidade de Esmoriz, onde foi consumida refeição comunitária. A seguir, eu vim para casa ver os desenhos animados.


8.2.08

Ida à Serra da Estrela

Quando olho para as postas mais recentes, noto uma percentagem assustadoramente grande de assuntos negativos: são as armadilhas mortais vietnamitas, são as fraudes de dois bancos que aparecem no OLX, são as barbaridades da Galeria dos Horrores, é só miséria e desgraça.

É pois, com risinhos estridentes próprios duma adolescente japonesa, que tenho o prazer de anunciar a próxima grande excursão da Horta, o passeio à Serra da Estrela do VCL. Já andava para lá regressar há alguns anos, mas foi sempre difícil getting off my fat ass and doing it. Passear de Vespa, bater papo com os amigos, montes de ar puro, turistas suecas com as bochechas coradas, vai ser do catano. Vou aproveitar a subida à Torre para instalar umas antenas de controlo da mente, mas isso fica só entre nós.

 


7.2.08

Problemas pessoais com sinoblocos

Até as celebridades e as estrelas têm problemas idênticos aos que afligem a "gentinha". Vejam o estado em que estão a Britney e a Amy. Ranger Bob, do alto da sua torre de superioridade épica, também é afectado por problemas plebeus. Vocês saberão que a vossa PX tem os sinoblocos lixados quando a carapuça de borracha que cobre as ligações do CDI roçar no interior do balon.

Note-se, no entanto, que a minha PX com 125.000 quilómetros não se encontra restaurada. Se tal fosse o caso, seria instantaneamente arquivada na temida Galeria dos Horrores, como muitas outras. Não. Como é a minha PX, eu digo-lhe "ai 'tá a raspar? Enquanto não fizer buraco ´tá bom. Próxima vez que passarmos por Valongo fazemos um coxe de TT e isso vai ao sítio!"

Siga a Marinha!

6.2.08

Manual para motores Casal e brochuras publicitárias

[EDIT: todo o material Casal está agora aqui]

Re-arquivei os manuais de peças dos motores Casal M147-M149, M151-M152-M154, e as brochuras publicitárias da Casal. Não tem grande coisa a ver com scooters, mas há muito pessoal por aí que gosta de motorizadas nacionais e que terá interesse neste material.


Estes documentos foram criados pela Horta, tendo sido eu a scaneá-los a partir da literatura original. Na altura lembrei-me de colocar um carimbo "hortadasvespas.com" em todas as imagens, principalmente para fazer publicidade ao estaminé. Recentemente descobri todas estas imagens transformadas em PDF a serem divulgadas noutro site. O engraçado é que alguém se deu ao trabalho de apagar a expressão "hortadasvespas.com" em 110 imagens diferentes, antes de as re-lançar na net. Go figure.

5.2.08

Embelezadores laterais




Avistados na última feira de Aveiro, uns embelezadores laterais invulgares. Nunca os tinha visto antes; os únicos que aparecem são este modelo comum. Um pouco kitsch, mas eu gosto.

4.2.08

"Há merdas que um gajo, prontos!"

Hoje estou chateado e tenho que descarregar em alguém. Aproveito a frase extremamente descritiva de certas situações incompreensíveis que acabei de ouvir na rua para título desta posta.

Por cima do tabuleiro da bateria nas Sprints e afins existem três aberturas circulares destinadas a receberem três bolachas de borracha. Estas peças de borracha impedem a bateria de roçar no quadro quando estiver presa, e ajudam a fixá-la. No quadro recém-pintado da fotografia, alegadamente em processo de restauro, duas das peças não foram retiradas e acabaram pintadas num adorável tom de azul-cueca.

Eu apresento-vos as seguintes afirmações:
a) pintar peças de borracha numa Vespa representa um dos mais elevados níveis de sucatice;
b) as peças de borracha indicadas saem à mão em 3 segundos;
c) qualquer garageiro/ mecânico/ especialista em restauro que manda um quadro para pintar sem retirar duas peças de borracha que não deveriam estar pintadas e que saem à mão em 3 segundos tem problemas de controlo de qualidade;
d) no futuro próximo, a tinta em cima da borracha começará a estalar e a descascar, e por baixo da peça encontra-se um anel de chapa não pintada;
e) alguém cobrará várias centenas de euros por este trabalho de restauro;
f) alguém pagará várias centenas de euros por este trabalho de restauro.

Meus, basta olhar! É só empurrar com o dedo e aquilo sai! (e os furos da matrícula estavam todos tapados- serei só eu a pensar que é errado fazer furos em chapa pintada, quando é possível fazê-los antes da pintura?)

3.2.08

Manuais Casal Carina S170

[EDIT: todo o material Casal está agora aqui]

Lembro-me quando comecei à procura de informação sobre a Carina, há uns quatro (?) anos atrás. Era como andar à caça de ursos polares no deserto. Desde então, a comunidade de entusiastas desta pequena scooter tem vindo a aumentar em quantidade, e especialmente em qualidade. Já começa a existir massa crítica para se fazerem coisas bonitas como esta.

O Hugo (padeiropt) localizou e disponibilizou dois manuais preciosíssimos da Carina: o manual de peças e o guia de desmontagem dos motores que inclui o M153. Estes manuais podem ser consultados por todos aqui e aqui, respectivamente. Muito obrigado!



2.2.08

Confusão tipográfica

Outra rapidinha. Recortei este anúncio da primeira página do jornal Ocasião há montes de anos atrás. Alguém fez burrada. Não, não é uma scooter.

1.2.08

Fotos de época da Casal Carina

O Ricardo Moreira teve a amabilidade de nos enviar esta excelente foto de época da Casal Carina. Desconheço o seu autor original. No canto superior direito parecem existir os algarismos manuscritos "1967". Isso adicionado ao facto da fotografia ser a preto e branco e ter sido tirada num estúdio proporcionam-lhe uma elegância e uma classe invulgares. Gosto imenso desta fotografia.


Quando aliada à imagem que aparece na brochura publicitária que descobri, apresentada aqui e agora pela primeira vez em alta resolução, temos um par daquelas que são, provavelmente, as melhores fotografias de época da Carina conhecidas no Universo.