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27.2.09

Movimento Alternativo

Pessoal do Norte, toca a marcar o dia 25 de Abril no calendário. A excursão anual (2008 e 2007) do Movimento Alternativo de bicicletas vai rolar no Porto e estão todos convidados. Não há cá inscrições nem tretas deprimentes, é só aparecer.

Como já sugeri no passado, vão à garagem/ sótão/ arrecadação e arrastem para fora aquele charuto velho que está lá a apanhar pó há anos. Dêem-lhe uma mangueirada, encham os pneus e venham rolar um pouco. Se não têm um chaço, peçam um emprestado. Faltam dois meses!



[Edit: sintam o amor do último Movimento aqui, com links para mais fotos e relatos.]

26.2.09

Bob vs. Bodge

Aqui o Bob foi visitar um vendedor de vietbodges e inspeccionar as polémicas máquinas. Está para breve o meu relatório sobre estes restauros vietnamitas.



25.2.09

Vespa Ralli 250

Há pouco tempo atrás realizei a seguinte afirmação :
A Sprinter Veloce é a segunda Vespa mais rápida alguma vez criada, ficando apenas atrás da 150 200 PSV, a versão Performance da Sprinter Veloce com cilindro 200 enfiado num motor 150.
Novos desenvolvimentos vieram provar que eu estava errado: naquela mina de carvão onde foram escondidas as Sprinters continuam a ser descobertos modelos inéditos em galerias e túneis cuidadosamente selados, que são prontamente colocados à venda no mercado nacional. É com grande emoção que vos apresento a Vespa mais rápida de todas, a magnífica 250 Ralli!


Por fora pode parecer uma Rally normal, mas todo o interior do chassis foi reforçado com vigas ferroviárias para não dobrar sobre o efeito do portentoso motor de 250 centímetros cúbicos. O cilindro 250 era polido à mão por raparigas virgens, para maximizar a taxa de compressão. A tirar partido da cubicagem acrescida encontrava-se um inovador sistema de injecção de combustível cuja presença é denunciada pela letra "i" em Ralli. Este sistema de injecção oferecia prestações fabulosas; infelizmente, o depósito de banha de iaque tinha que ser reabastecido todos os 60 quilómetros.

Quão rápida é a 250 Ralli? É tão rápida que um piloto de testes perdeu a vida quando não conseguiu segurar-se ao guiador, tendo sido arrancado dos comandos pela deslocação do ar. Uma fuga no circuito pressurizado de banha de iaque pode ter contribuído para o desastre. A solução estudada pelos engenheiros de Pontedera foi a montagem de série de um pára-brisas de dimensões generosas. Esse pára-brisas imprescindível ainda se encontra montado na 250 Ralli descoberta, se bem que o circuito de banha de iaque esteja ausente de modo misterioso. À frente e atrás podem observar-se os suportes dos instrumentos de medida e telemetria usados durante os testes. 5.500 euros não compram um décimo da História por trás deste fabuloso veículo.

23.2.09

Cafezada de Carnaval

Mais uma Cafezada do ScooterPT, com duas dúzias de scooters e um Sol glorioso a tomarem parte. Entre as Vespas encontravam-se duas Lambrettas, uma Heinkel e uma Honda CN. Houve pessoal que veio de Coimbra e Guimarães, para depois ir almoçar à Póvoa/Vila do Conde. A minha velhinha VBB lá aguentou a ida até ao Cais de Gaia, depois de algum ar nos pneus e uma sacudidela do pó. A travar pouco e a gastar muito, mas aguentou.




Depois de duas semanas de Horta bastante activa, eis-me a entrar na curva descendente do meu bioritmo intelectual. Contem que as duas semanas vindouras decorram a um ritmo mais relaxado e menos inspirado. Se não gostam, é grátis.

21.2.09

Máquina do tempo

Ok, o arquivo de fotos da Life no Google tem imagens de scooters muito fixolas, mas eu continuo a ser um gajo do Flickr. Encontrei lá esta foto que mostra uma Vespa estacionada em Lisboa, à frente do Cinema Europa.



Se quiserem ver a foto em formato grande, é aqui. Nela poderão observar com maior pormenor este exemplar de VBB (?) cujo único acessório visível é o grande avental dianteiro para protecção contra o vento e a chuva. Esta é uma visão rara e fascinante duma Vespa nacional no seu habitat natural, a ser usada na vida diária dos anos 60. Melhor que isto só com uma máquina do tempo.

Ah, e os filmes que estão em cartaz são "O ódio que gerou o amor" e "O segredo da ilha sangrenta". :-)

20.2.09

Se as Vespas fossem como computadores

No seguimento de magníficas obras literárias como Linguagem Gestual Vespista e TSQEUVHCQ (Tu Sabes Que És Um Vespista HardCore Quando...), eis que surge agora o elemento final, pouco inspirado e fracamente trabalhado, neste quarteto de três obras.

SAVFCC…
(Se As Vespas Fossem Como Computadores…)

…bastaria cair uma partícula de sujidade no exterior do carburador para a Vespa parar. A única maneira de a consertar seria retirar o carburador, derretê-lo, e montar um novo.
…poderíamos usar pistões de concorrência mas só depois de gravarmos as letras "PIAGGIO" no interior da saia.
…depois de darmos ao kicks, teríamos que esperar dois minutos até o motor começar a trabalhar.
…em andamento, as manetes de travão poderiam bloquear a qualquer momento, sem aviso.
…sempre que passássemos por um outdoor de publicidade animada ou por algum sítio com música, a Vespa abrandaria e começaria a andar aos abanões.
…se apitássemos na rua errada, a Vespa ficaria coberta de autocolantes de publicidade que nunca mais sairiam.
…se atestássemos numa bomba de gasolina duvidosa, o motor bloquearia e só passaria a funcionar depois de decaparmos e pintarmos todas as peças de chapa.
…todas as avarias grandes aconteceriam no dia em que tivéssemos uma reunião importante.
…em caso de avaria do motor, o saco de compras que levássemos no porta-couves desapareceria, e teríamos que comprar tudo de novo.
…para fazer viagens grandes seria melhor usar a Vespa do emprego.
…existiriam porta-couves cromados de concorrência muito melhores que os da marca, e seriam grátis.
…de três em três anos a auto-estrada seria reasfaltada tornando a nossa Vespa lenta demais para lá andar.
…todas as manhãs o raio da Vespa insistiria em passar pelo concessionário oficial Piaggio mais próximo para ver se já tinham chegado novos modelos de bóias de carburador.
…ir ao cinema obrigaria ao uso duma Vespa amarela; qualquer outra cor de veículo resultaria em duas horas de mensagem de erro.
...a maioria das deslocações teria como destino a loja de revistas para adultos.
…as Lambrettas seriam muitíssimo mais estilosas e fiáveis, mas mais caras.
…a maior parte das bombas de gasolina não conseguiria abastecer Lambrettas.
…as Heinkels seriam vistas apenas em círculos universitários e de investigação.
…se o motor fosse abaixo, teríamos que trancar a direcção, fechar a gota, pôr no descanso, tirar o capacete e as luvas, e só então poderíamos dar ao kicks.
…em caso de furo, teríamos que correr as gavetas todas à procura da embalagem original do pneu antes de podermos trocar a câmara-de-ar.
…uma trovoada poderia derreter a embraiagem.
…as Vespas antigas seriam horrorosamente lentas. Ninguém as coleccionaria, indo todas parar à fundição alguns anos depois de terem sido compradas.
…os depósitos das Vespas antigas só teriam meio litro de capacidade.
…a buzina apitaria durante 30 segundos no início de cada viagem se a cor da chapa não combinar com a cor do livrete.
...o porta-luvas teria 3000 ferramentas diferentes, mas não conseguiríamos achar a procurada.
...encher o depósito na auto-estrada demoraria apenas alguns segundos; em estrada nacional, seria pelo menos meia hora.

19.2.09

Coisas estranhas se passam na Horta


Como se pode observar na fotografia, a Horta foi penetrada (au!) por uma máquina infernal de rodas grandes de origem nipónica. Como entidade super-humana que é, o Ranger Bob não pode evitar ter um irmão gémeo maléfico. Este mano malvado pode ser identificado facilmente pelo seu bigode de vilão, e é sobre ele que recaem as suspeitas de tão triste profanação da cultura de rodas pequenas da Horta.

A minha pobre PX lutou com todas as forças contra esta situação deplorável. Na viagem destinada à inspecção do motão decandente, sofri um furo em plena auto-estrada; fiquei sem gasolina a 300 metros do destino final; e, finalmente, parti o cabo do travão dianteiro ao recolher a PX à garagem, no fim do dia. Eu não estou a inventar isto: sofri três avarias graves no dia em que fui comprar a minha primeira mota grande. É o karma a dizer-me algo ou quê!? E na viagem de recolha o carro alemão de alta cilindrada requisitado para o efeito, depois de vários anos de serviços exemplares sem qualquer problema mecânico, decidiu começar a apitar por causa do nível da água. Há forças muito potentes envolvidas nesta situação, digo-vos eu...

(por acaso o furo na auto-estrada teve interesse. Primeiro não caí, o que é algo que me interessa bastante. Segundo, estava eu na berma com a PX deitada, balons fora, ferramentas espalhadas, rodas por todo o lado, a pensar "isto vai dar uma foto mesmo fixe" quando chega o homem da Brisa. Prontos, lá se foi a foto. Quando ele viu que eu estava quase desenrascado, limitou-se a meter as mãos nos bolsos e a ficar a olhar.)

Eis-me, portanto, sob a influência do irmão gémeo malvado do Ranger Bob. Peço-vos que mantenham intacta a vossa fé na minha dedicação scooterista, pois só ela me poderá salvar dum inferno de coletes de couro e lenços vermelhos amarrados à traseira. De qualquer maneira, face a estes extraordinários desenvolvimentos, julgo que não tenho outra escolha a não ser a actualização da minha tatuagem indicadora de status para algo mais apropriado.

18.2.09

Outubro de 1964

Os impressos de transferência de propriedade que todos nós conhecemos deixarão de ter validade no fim deste mês. Se têm alguma "declaração de venda" assinada que ainda não meteram por preguiça- como eu tinha- ela transformar-se-á em abóbora à meia noite do dia 1. Já corri a minha capa dos documentos e vou agora ao senhor simpático da agência de documentação deixar lá tudo.



O cheiro do papel grosso dos livretes antigos.
Os seus cantos encorrilhados.
As arestas gastas e felpudas.
O nome de uma pessoa e a sua caligrafia.
Os quilómetros, as viagens, as histórias escondidas.

17.2.09

Professor X spotting

Sabiam que o Professor X tocava trombone na banda do Joe Cocker nos anos 80? Eu também não. É ver aqui aos 2:38...



14.2.09

Ai a minha vida

Ontem fui a uma Assembleia Geral de um Vespa Clube. Quantas Vespas estavam no parque de estacionamento?




Apenas uma. A do Bob.




Hoje fui dar um passeio com uma Lambretta que se recusava a pegar. O problema?




Corte de ignição ligado.

12.2.09

Horta Tech Quizz #4

Vai um Horta Quizz? Desta vez apresento-vos uma peça raríssima que deveria aparecer nas Sprints e semelhantes, mas que ninguém conhece ou possui. Olhem para ela e tentem adivinhar a sua função.


Então, conseguiram? O nível de dificuldade desta é apenas médio! Vejam a resposta nos comentários; se acertaram cliquem aqui para verem ninjas em patins a atacarem um micro-carro; mas se falharam são obrigados a clicar aqui e apenas aqui. Pobres coitados...

11.2.09

Três rodas

[Aviso: posta sobre bicicletas] A Horta gosta de veículos de três rodas, como estes. São tão queriduchos!




Recentemente tive a oportunidade de experimentar um veículo de três rodas, mas movido a pedais! O KMX Karts Cobra é um triciclo recumbente fora-de-estrada, e é uma das máquinas mais divertidas que alguma vez conduzirei. É com facilidade que se fazem truques como slides, éguas, mini-burnouts, todo o tipo de derrapagens, e até andar em duas rodas. Imaginem uma mistura entre kart de pista, BMX e carrinho telecomandado, com diversão extra injectada à pressão.

Este não é um bicho barato mas é, sim, uma peça de qualidade que durará muitos anos. O importador Cenas a Pedal não só vende mas também aluga triciclos KMX, caso estejam interessados em experimentar. Sobretudo não se esqueçam que eu sou, aparentemente, muito radical. É essa a intenção desta posta, projectar a minha radicalidade extrema. Funcionou? Ó p'ra mim!

(Foto Luís Lopes)

10.2.09

"Jony"

O objectivo desta posta é popularizar a expressão "Jony" na cena scooterista nacional. As origens de tal palavra, plena de significado e mística, encontram-se enterradas nas profundezas do tempo e apenas um pequeno grupo de privilegiados está ciente do seu simbolismo completo. O seu uso, no entanto, merece ser partilhado de forma democrática e abrangente.

"Jony" pode assumir três significados distintos:
  • degradação estrutural, falhanço mecânico ou situação indesejável. Exemplo: "tenho o pistão todo Jony"
  • ausência de bom senso, discernimento ou controlo da situação. Exemplo: "entrei na curva à Jony e quase que ia em frente"
  • imbecilidade, idiotice ou qualquer outra manifestação de acefalia. Exemplo: "ouve lá, não sejas Jony"
Considerem-se, portanto, autorizados a utilizar a expressão "Jony" no vosso dia-a-dia, sem restrições ou contrapartidas. Espero que, um dia, também a minha humilde pessoa possa fazer parte do vocabulário scooterista: "Meu, Einstein e Gandhi eram gajos mesmo Bob!" Estejam à vontade para adicionar exemplos de uso nos comentários.

9.2.09

Rodagem à bruta

Como fazer rodagem Vespa? <--- br="" busca="" de="" ihihihi="" isco="" motores="" para="">
Até hoje apenas tive a oportunidade de realizar duas rodagens, uma na GTR e outra na PX. Ambas seguiram a mesma filosofia: 500kms a andar devagar seguidos de 500kms a andar nas calmas. Ambas se revelaram aparentemente bem sucedidas. A estratégia de andar muito devagar ao longo duma grande distância parece fazer sentido, e os autocolantes de rodagem das Vespas antigas até mencionam 2000 quilómetros como o período crítico.

Pois este tipo tem uma ideia diferente. Dar-lhe gás logo no início. Passo a explicar: a potência de um motor de combustão interna depende grandemente da vedação eficaz da câmara de combustão, efectuada em parte pelos segmentos que estão em contacto com a parede do cilindro. Sem vedação, a explosão dissipa-se e não é convertida em movimento. Até aqui tudo bem.

Quando são novas, as superfícies das peças metálicas possuem uma certa rugosidade resultante dos processos de fabrico. Durante a rodagem a fricção entre peças adjacentes elimina essa rugosidade. Os motores antigos possuíam superfícies mais ásperas, que originavam bastante fricção e calor; assim, o motor tinha que ser pouco esforçado durante o início de vida. Ora acontece que a tecnologia de fabrico actual proporciona peças com superfícies muito mais lisas, com uma menor rugosidade que desaparece rapidamente.

É agora que fica esquisito. Essa rugosidade superficial funciona como uma lima que ajusta a superfície exterior dos segmentos à parede do cilindro, de maneira a que encaixem perfeitamente e haja uma boa vedação. Ora, como essa rugosidade desaparece rapidamente nos motores modernos, existe uma pequena janela de oportunidade para "assentar" correctamente os segmentos. Quão pequena? O gajo no site diz 30 quilómetros.

Se pouparmos um pistão novo nos primeiros quilómetros, os segmentos limitam-se a andar para cima e para baixo perdendo rugosidade, e a janela de oportunidade desaparece num instante: a vedação não ficará perfeita e ficaremos com um motor lento. A ideia é puxar pelo motor (seguindo um certo plano) nos minutos iniciais para que a pressão da explosão empurre intensamente os segmentos contra a parede do cilindro (o efeito de mola dos segmentos exerce pouca pressão contra o cilindro) de maneira a que estes acamem antes que se perca a rugosidade. Nos motores antigos a rugosidade extra oferecia um período de ajuste prolongado que se proporcionava a rodagens longas, mas tal já não acontece.

Até aqui é tudo teoria sacada da internet, com a validade (ou falta desta) inerente. Talvez o pessoal das corridas esteja mais familiarizado com este tipo de rodagem que o pessoal das deslocações diárias ou dos restauros, e possa comentar. No entanto, a coisa pode não ser completamente descabida. Há algum tempo atrás estava eu a ler relatórios de investigações de acidentes de aviação (sim, eu sei, tenho hobbies esquisitos) e deparei-me com um estudo técnico sobre a rodagem de motores de pistão para a aviação geral. Como há vidas envolvidas, o assunto foi estudado ao "promenor", de maneira científica e objectiva. Ora uma das conclusões importantes era a necessidade de evitar temperaturas altas durante a rodagem (não forçar o motor) e de, simultaneamente, aplicar uma carga considerável no motor para acamar correctamente os segmentos. Andar a pisar ovos era tão mau quanto forçar a mecânica.

E se acham que tudo isto é complicado, esperem até eu vos falar do dinamómetro de 5 euros! :-) Não sei se estou interessado em fazer uma rodagem "de avião" numa scooter minha, talvez algum de vocês seja mais aventuroso?


Foto não relacionada de cilindro agarrado

[Humor: tenho curtido Chad Vader- Day shift manager- "It's Randy! Randy!"]

6.2.09

Ílhavo 14054

Os mais observadores entre vós poderão ter notado uma pequena excrescência metálica no guarda-lamas desta Carina (a de baixo) imortalizada em publicidade de época. Tal adição não é mais que o equivalente Lusitano, há muito desaparecido, do célebre "tax disc". Têm uma na vossa cinquentinha restaurada, têm? Não!? Então não está "à época"! Muahahahaha!

O meu avô foi cozinheiro na fábrica de cerâmica Vista Alegre em Ílhavo, a poucos quilómetros das antigas instalações da Metalurgia Casal e mesmo no meio do Triângulo Carina. Suponho que a S170 do meu avô deve ter feito a estrada para a Vista Alegre inúmeras vezes, convenientemente adornada com uma chapinha de licença camarária igual a esta. Que formato magnífico!



4.2.09

Vespa Sprinter II

Aquela mina de carvão desactivada onde foram escondidas 970 Sprinters continua a dar frutos. As galerias mais profundas são uma autêntica arca de tesouro onde se esconde uma miríade de modelos raros, protótipos, experiências falhadas, abortos e máquinas revolucionárias para as quais o mundo ainda não estava preparado. A Horta apresenta-vos em exclusivo estas Vespas únicas e fascinantes.


As primeiras três máquinas são o fruto de uma das brincadeiras preferidas dos operários da linha de montagem em Pontedera: meter cilindros 180 em motores 150. Imaginem um velhote que acabou de adquirir uma pacata Super; vai a sair do stander num arranque convencional quando, inesperadamente, o grupo térmico desportivo da 180SS coloca os cavalos no chão empinando a roda dianteira e atirando o velhote ao paralelo. Engraçado? Os operários de Pontedera achavam que sim.

Para além da 150/180 Rallye, basicamente uma 150 com cilindro 180 e ignição electrónica (é daí que vem o "e" adicional), temos uma BBB que até nem é muito rara em Portugal. Distingue-se da VBB apenas pela pintura azul-cueca e pneus de faixa branca, ambos de origem. Segue-se uma 150 PSS (Performance Super Sport), construída especialmente para correr em LeMans. Com 23 cavalos à roda traseira e pintura de dois tons, é uma peça única e incrivelmente desejada no universo do coleccionismo Piaggio. Esta Vespa PSS deve ter sido um dos produtos finais do programa de desenvolvimento super-secreto para criar um modelo destinado à competição na falhada classe de scooters GT em LeMans.

Tal programa não só criou a versão desportiva da Sprint, a enigmática Sprinter, como também criou a super-potente Sprinter Veloce! (não confundir com a Sprint Veloz, baseada na mesma plataforma mas desenvolvida para provas de tractor-pulling). É como a Sprinter, só que ainda mais rápida. Para além das molas de embraiagem em titânio e dos giglers abertos à mão, todo o interior do carburador era forrado com banha de iaque para permitir um maior fluxo de combustível. A Sprinter Veloce é a segunda Vespa mais rápida alguma vez criada, ficando apenas atrás da 150 200 PSV, a versão Performance da Sprinter Veloce com cilindro 200 enfiado num motor 150. Infelizmente, nenhum exemplar da 150 200 Performance Sprinter Veloce sobreviveu até aos nossos dias.

3.2.09

Recorde fresquinho

Já há algum tempo que não aparecia um recorde à maneira, o que não é de espantar. 12.000 euros por uma PX e 8.500 euros por uma Sprint são valores difíceis, quiçá impossíveis, de superar. No entanto, se considerarmos que o episódio da PX não passou de uma manobra publicitária e que da Sprint não existem fotos, então surge renovado espaço de manobra para noticiarmos mais máquinas com preços estratosféricos.

"TUTALMENTE [sic] RESTAURADA DE A Z PINTURA METALIZADA TODOS OS CROMADOS NOVOS" é a descrição desta Sprint a 5.500 euros. Todos nós sabemos que o ingrediente principal dos cromados é o sangue de ursos panda bebés, estando assim justificado o alto preço. Suspensão traseira não açapada, manetes de bola fina e frisos de guarda-lama dianteiros são as letras K, W e Y que não têm cabimento no alfabeto de A a Z. (um pouco forçada, a metáfora?)



2.2.09

Só agora é que relacionei...

...esta posta da Vespa em madeira com este anúncio!

COMPRO: Legos ao peso e um motor de PX, para realizar projecto de Vespa "especial".

Mau tempo III

O Bunker inundou de novo. Como acontece na esmagadora maioria destas situações aquáticas eu não estive envolvido directamente com água; o chão aparece cheio de terra, com algumas folhas de árvore e lixo espalhados aqui e ali a anunciar o acontecimento. Recorrendo a potentes computadores foi possível criar uma simulação gráfica do Bunker inundado:


Talvez eu deva arranjar um sistema como o deste colega... (avistado nos classificados virtuais- como é que ele as sobe e desce?, deve ser mais fácil legalizar um quadro em madeira...)