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13.2.08

Pneus do amor

Aparentemente, amanhã é Dia dos Namorados ou uma treta do género. Mais um dia prostituído e deformado pelo consumismo desenfreado e pelos seus lacaios, as corporações frias e gananciosas (sim, acho que devemos todos deixar crescer barba, viver numa cabana no meio do mato, e colocar bombas nas universidades e nas linhas aéreas). Numa demonstração inequívoca de génio e criatividade transbordantes, eu, Ranger Bob, apresento agora uma fascinante e trabalhosa ligação entre o tema das scooters clássicas e o Dia dos Namorados: pneus do amor.



Consigo imaginar os engenheiros taiwaneses debruçados sobre o terminal do seu super-computador Cray, à espera que os pesados cálculos do novo modelo virtual de performance de pneus terminem. Finalmente, a mensagem "Finished - rendering profile..." aparece no monitor e o grupo de técnicos em camisas de manga curta comprime-se inconscientemente na direcção do monitor. Uma imagem simulada de pneu começa a aparecer de cima para baixo, lentamente. Catorze pares de olhos fixam-se silenciosamente na imagem, como se pudessem acelerar o seu aparecimento com a força da visualização intensa. Aos poucos, o novo piso revolucionário que porporcionará tracção extrema a milhões de scooteristas clássicos é revelado em toda a sua glória: coraçõezinhos trespassados por uma seta com cupidos rechonchudos de lado! Os engenheiros guincham entusiasmados e trocam apertos de mão vigorosos. No dia seguinte, as acções da Michelin e da Continental caem vertiginosamente. Um empresário dos sapatos de São João da Madeira compra as duas empresas falidas e usa-as para ressuscitar a marca Mabor General, produzindo pneus com sandes de leitão e com o galo de Barcelos no piso, que obtêm algum sucesso no mercado Ibérico.

Tenho dois destes pneumáticos montados na minha DL, como novos. Qualquer leitor com descuido total pela segurança rodoviária em geral e pela sua segurança pessoal em particular, e que ache que seja divertido rolar na via pública com estes pneumáticos queriduchos, pode fazer-me uma oferta. Eu insultá-lo-ei em primeiro lugar, e vender-lhe-ei estas duas magníficas obras de arte borracho-circulares em segundo lugar.

1 comentário:

Anónimo disse...

os pneus são um amor, quanto queres pelo par, diz um preço...
e podes chamar o que quiseres!