Estava eu embrenhado em tão imunda tarefa, apunhalando a grossa e estaladiça crosta de terra e óleo endurecida por anos de cozimento lento, que nem reparei na chuvada diluviana que entretanto se abatia sobre a Invicta. Ora o meu local de trabalho, afectuosamente conhecido pelo Bunker, é a cave do meu tio. E a dita cave tem historial de inundações. Que acontecem no Inverno. Durante chuvadas como aquela. Já estão a ver que isto vai meter água, né?

'The wise man in the storm prays God, not for safety from danger, but for deliverance from fear'- Ralph Waldo Emerson
28.1.07
Dia 10 - um balde de água fria
Estava eu embrenhado em tão imunda tarefa, apunhalando a grossa e estaladiça crosta de terra e óleo endurecida por anos de cozimento lento, que nem reparei na chuvada diluviana que entretanto se abatia sobre a Invicta. Ora o meu local de trabalho, afectuosamente conhecido pelo Bunker, é a cave do meu tio. E a dita cave tem historial de inundações. Que acontecem no Inverno. Durante chuvadas como aquela. Já estão a ver que isto vai meter água, né?
Dia 9 - upgrade do Master Blaster
Guia rápido para flame job à maneira:
- tapar a zona a não pintar e a zona de chamas com fita adesiva de papel larga. A base das chamas não precisa de ser tapada;
- desenhar as chamas sem pressas, tem que ficar bem. Descarregar imagens da net e copiar;
- cortar o contorno das chamas com x-acto afiado, tentar fazer curvas suaves;
- retirar máscara das chamas;
- aplicar cor mais clara. Várias demãos finas são sempre melhores que uma demão carregada;
- entrar em pânico quando tinta de spray não conseguir pintar contraplacado com 20 anos de idade;
- aplicar cor média;
- aplicar cor mais escura só para acentuar extremidades;
- fazer correcções;
- retirar toda a fita de papel;
- traçar por cima dos contornos da chama com um marcador de tinta de cor contrastante, estilo vermelho ou verde-claro. Isto fará as chamas muito mais vivas, e tapará qualquer imperfeição no contorno resultante de um corte anguloso ou de fugas de tinta.
26.1.07
Gueto-tuning
(Hhhmmmm, este escape está a começar a ficar meio agreste... Ora já tem... noves fora três... Março de 75... 50.000kms. Sim, é isso, 50.000 kms. Foi quando o Vasco abriu o motor... talvez deva começar a pensar num novo... também não descarbonizo o pistão há 50.000kms... Hhhmmmm, devia pensar em fazer isso um dia destes... é... bah, não deve ser grave...).
Uma rápida recolocação do sensor com o auxílio de uma banal abraçadeira surpreende Bob pela extrema facilidade. Pode-se ver o layout na foto, e o cabo a sair por trás para o estrado. E aqui deve ficar bastante escudado do ar de refrigeração, e do fluxo de ar causado pela deslocação do veículo. Test ride! Arranquei a frio, e num quarteirão e meio a agulha já tinha saltado para os 150º. Isto mexe-se! Em cidade, a agulha varia entre os 200 e os 225º, e na auto-estrada entre os 250 e os 275º. A escala vai até aos 350, por isso, de novo, parece que foi feito à medida. Sweeeeeet.
Fiquei espantado com a facilidade de reacção da agulha, e com a maneira como responde ao acelerador. Páro num semáforo e 10 segundos depois a agulha começa logo a descer. Vou na auto-estrada a marcar 275º estáveis, meto-me numa saída, e no fim da curva já a agulha caiu para os 250º. Páro o motor e a agulha não sobe, como ontem. Apenas começa a descer devagar, passado algum tempo. Maravilha, dona Cândida! Como disse anteriormente, a temperatura dos gases de escape tem reputação de indicar com fidelidade e instantaneidade o que se está a passar no motor. A temperatura daquele bocado de metal do escape deverá acompanhar bastante de perto as variações da temperatura dos gases, penso eu. Assim sendo, missão cumprida.
Quem me dera que todas as minhas ideias funcionassem tão bem, fossem tão fáceis e rápidas de implementar, e custassem tão pouco. Mesmo que os números absolutos indicados pela agulha não tenham valor intrínseco como informação, os números relativos já darão muito jeito. Se eu souber que a agulha nunca passa de X, quando a vir chegar a X+20 a subir o Marão em Agosto sei que está na hora de parar para fumar um cigarro. E se isso evitar uma agarradela, já mais que valeu a pena. No pior dos casos, tenho algo para me entreter nas longas e monótonas viagens Porto-LX-Porto. Quando chego à Figueira já esgotei o meu reportório de letras dos Beatles, Abba, e Simon e Garfunkel. Só me restam os Boney M e os Village People. Assustador. Ah, e o sensor cria o seu próprio sinal, ou seja, zero ligações eléctricas necessárias. Hot damn!
25.1.07
Frio. Frio. Morno. Frio outra vez.
Pode-se adicionar com relativa facilidade um conta-rotações. Isso dar-nos-á uma indicação exacta da velocidade a que o motor está a trabalhar, mas não nos diz muito sobre o esforço a que o estamos a sujeitar, ou sobre se ainda "aguenta" mais esforço. Intuitivamente, todos nós usamos a velocidade, a posição do acelerador e o barulho do motor para aferirmos esse grau de "esforço" mas, digamo-lo com frontalidade, é como tentar adivinhar o resultado dum jogo de futebol. Parece lógico e tal e coisa e até damos uns toques, mas na realidade os jogadores fazem o que lhes apetece. Não haverá, então, nenhum instrumento que forneça uma indicação real da medida de "esforço", à falta de melhor palavra, a que o motor está sujeito?
Há sim. Perguntem a qualquer piloto de aviação e ele responderá imediatamente: temperatura. A temperatura do motor espelha fielmente o seu estado de saúde e de funcionamento, dá indicação antecipada de avarias e problemas, e é um auxiliar imprescindível para achar a afinação correcta. Isto é ainda mais válido quando aplicado a um motor a 2 tempos, tão sensível às leis da termodinâmica (tradução: agarranços sux!). Duas temperaturas costumam ser medidas: CHT (Cilinder Head Temperature, ou temperatura da cabeça do cilindro, ou culaça) e EGT (Exhaust Gas Temperature, ou temperatura dos gases de escape). Para mais informação googlem essas iniciais. Numa Vespa, a CHT ronda os 200º C e a EGT os 750º C. É óbvio que estes valores variarão com o sítio onde são medidos. A culaça apresentará temperaturas diferentes em vários pontos e os gases de escape arrefecem rapidamente ao longo do escape.
Uma rápida pesquisa convenceu-me a dedicar alguma energia ao aprofundamento desta tecnologia e à tentativa de a aplicar à PX (é a única que anda...). Um sensor de CHT aparentemente seria mais fácil de aplicar e a aposta ideal. A temperatura indicada anda um pouco "atrasada" em relação à temperatura real, devido ao tempo de propagação do calor pelo metal. A EGT é mais "instantânea" e uma indicação mais fiel do estado do motor, mas a gama de temperaturas superior provavelmente indicará um preço superior. Também é necessário fazer um furo no escape para lá inserir o sensor ou termo-par, mas isso não é muito grave.
24.1.07
Recados
23.1.07
Dia 8 - progresso
Tempo total gasto até agora: 44h30m
Quilómetragem total efectuada: 70km (sem contar transporte inicial)
Dinheiro total investido: estou a fazer a lista mas acho que não a vou somar ;-)
Até choras
Master Blaster has arrived
Dias 7A, 7B, 7C, 7D, e 7E- Construção de cabina de decapagem Master Blaster 2000. Mais fotos no meu Flickr.
O regresso da vingança da desmontagem
Dia 5- Arrumadela ao local de trabalho. Mais um round com o pedal de travão. Dobrei uma chave de fendas velha sem ponta de maneira a poder empurrar o perno de baixo para cima, fazendo força no cabo para baixo e com o fulcro no chão da Vespa. Nada. Mais óleo penetrante. Nada. Dá com o martelo na chave de fendas. Nada. Dá com mais força. Alto, já se está a mexer... Bah, é o chão que está a dobrar. Esquece, assim não vai lá. Podia tentar brocar apenas a cabeça do perno para o fazer sair de cima para baixo mas já se estava mesmo a ver que a broca iria fugir para o alumínio do pedal. Talvez com uma mão firme e umas brocas afiadas a coisa fosse lá, mas eu já estava com 12 ou 13 cervejas no bucho, por isso entreti-me a limpar peças variadas com o pincelinho e com o gasóleo.
Dia 6- Desmontei o resto da forqueta e das articulações. Com a desmontagem quase a 100%, já pude começar a separar o material para a decapagem.
Dia 7- Preparei o material para a decapagem. A minha tampa de carburador estava toda picada da ferrugem, já nem se conseguia ler o número IGM no topo. Fui às prateleiras e troquei por outra igual em bom estado. Os amortecedores dianteiro e traseiro também já estavam todos xinados, sem resistência, por isso peguei no caixote dos amortecedores usados e escolhi um par que funcionasse. Ora um restauro merece uns amortecedores novos porque não é uma peça que se renove com facilidade, tanto ao nível do funcionamento hidráulico como ao nível dos acabamentos zincados e fosfatados, etc. Debruçar-me-ei sobre esta questão mais tarde. Mas como a decapagem cobra à Vespa e não à peça, mandei o par de amortecedores usados na mesma e mais tarde vê-se. Também separei cilindros iguais ao meu que está partido, são 4. Tenho que ligar a visão raio-X e descobrir, por baixo da ferrugem e crosta, qual é que está melhor.
Peguei no pobre Punto e prontamente pus-me à porta da... (um sinónimo para decapagem que comece por P?)
Portugueses ao volante
22.1.07
Bobagens
Eu digo-vos o que é que devia ter toques personalizados. Os alarmes dos carros. Não detestam acordar de madrugada e pensar "mas quem é a besta que não vai desligar o alarme do carro?". Se os carros tivessem toques personalizados, quando a vizinhança acordasse às 3 da matina com o tema da Missão Impossível, todos saberiam que era o carro da besta do 1º direito. Isso sim, seria progresso.
Para-lambreta-normal
Há montes de anos atrás, quando as scooters e a gasolina eram baratas, andava eu "à caça" para os lados de Espinho. Andar à caça era e continua a ser apenas uma desculpa para fazer umas dúzias de quilómetros por estradinhas divertidas perdidas no meio de sítio nenhum, com uma paisagem nova e uma surpresa depois de cada curva. O facto de um dia se poder, na realidade, caçar alguma coisa, adicionava um gostinho especial ao passeio.
Ora então andava eu a virar à direita e à esquerda de uma maneira completamente aleatória, quando o meu radar de garageiros começa a apitar. Lá parei e entrei: "ora muita boa tarde!". Ali estava ela, encostada à parede, a olhar para mim, uma DL150. "Ólhe faxavor, por acaso está à venda a lambreta?". Diz sim diz sim diz sim diz sim carago que ela está direitinha. "É de um cliente, foi um amigo que lha deu, ele não a quer vender.". Prontos, não faz mal. Já foi um gostinho ver uma Lambretta tão jeitosinha. Chegado a casa, anotei a rua e a localidade no livrinho preto. Assunto encerrado.
Até há um mês atrás. X diz-me que anda à procura de uma Lambretta. Uma LI era fixe, uma DL era supimpa. "Ora és capaz de ter sorte", digo eu. "Aqui há uns anos eu e uns amigos meus demos uma LI a um amigo que agora trabalha no estrangeiro e já não pode ficar com ela, vou investigar...". Já vos ouço a guinchar: "O quê? Outra Lambretta dada na mesma história? Já são duas! A mim ninguém me dá Lambrettas!". É verdade sim, mais tarde conto a história, prometo. Falei com o meu amigo, mas essa LI não estava disponível (tenho uma forte sensação, no entanto, que aparecerá neste blog mais mês menos mês ihihihih).
É fascinante como funciona o cérebro humano. "Espera lá, no século passado estava uma DL assim e assado ali e acolá... Premonição psíquica... Consulta do livrinho preto... Início imediato de investigação incisiva!".
- "Olhe fáxavor, é aqui a rua Secreta? Não havia aqui um garageiro?"
- "Ele mudou-se ali para a frente, vai por aqui e torce ali à direita e enfia pela esquerda, e é ali."
- "Olhe fáxavor, é aqui o garageiro?"
- "É sim jovem, espere um pouquito que ele vem já."
- "Olhe fáxavor, uma lambreta que estava aqui há muitos anos, lembra-se?"
- "Ui, o cliente já a levou, foi o amigo que lha deu, não sei se ele a quer vender. Você vai, torce, enfia, tem uma subida e uma descida, é no café lá em cima."
- "Olhe fáxavor, queria falar com o filho do sr. Manel que tem uma lambreta."
O resto demorou mais 3 ou 4 dias. Bom estado, bom preço. SMS: "X, parabéns, acabaste de comprar uma DL.". X não sabia que eu tinha ido comprar-lhe a Lambretta. Nesse dia, X tinha estado com um italiano que vestia um casaco da Lambretta. Antes de eu sair, telefonou-me um amigo de nome Félix. A Lambretta estava em S. Félix da Marinha. Uou.
17.1.07
Dia 3 - ainda na desmontagem
O perno posterior do balon do motor (que fixa a traseira do balon ao quadro) desapareceu nalguma altura da vida desta Vespa e foi substituído por um parafuso, uma porca e uma anilha. Farmer bodge! Para me alegrar, o balon ainda trazia a golpilhazinha de origem que prende a borracha do balon lá atrás. Me gustan mucho las mariconices originales. Também as letras traseiras estavam presas com os freios originais. Já comprei destes freios, foi mais fácil do que pensei. Não há desculpa para rebitar as letras no sítio!
O meu guarda-lamas está todo podre e irrecuperável. Tenho um guarda-lamas novo de concorrência mas não é exactamente igual. O de origem apresenta um rebordo bem marcado à frente e dos lados, enquanto que no de concorrência esse rebordo quase que nem se nota. Outra coisa a resolver.
A tampa do ventilador (a de cima) tem os furos de fixação partidos. Tenho mais 4 ou 5 no armário mas metade delas também estão assim. A outra metade tem os furos direitos mas estão todas amassadas L. Mais um item na lista de compras. O poço do depósito tem bom aspecto excepto lá em baixo, onde continuam a aparecer lascas carcomidas de aço ferrugento. A cor de origem, um cinza metálico, vê-se bem na esquerda do quadro, entre o cinza-ferrugem e o cinza-traineira-protector-de-interiores.
Dia 2 - desmontagem continua
O guiador possui, por baixo, quatro furos roscados M8. Nesses furos, estavam fixos uns ferrolhos enormes para segurar o retrovisor e talvez um pára-brisas, graças a um conjunto de parafusos grandes e muito mal-encarados. Depois de sair isso tudo, deu para ver que três desses furos tinham sido alargados, para além de terem a rosca em mau estado. Um desses furos foi tão mexido que acabou por abrir um buraco no topo do guiador. Acho que o guiador ainda se salva, mas terá tudo que ser reparado.
Dia 1 - desmontagem
Procedi à desmontagem do depósito, amortecedor traseiro, instalação eléctrica, matrícula, farolim, descanso, bacalhau, cabo do ar, rectificador e fechadura da mala. Os frisos de alumínio do chão ainda estão fixos com os rebites de alumínio de origem. É um bom sinal, quantos mais parafusos e fixadores de origem eu encontrar, menores são as possibilidades de a Vespa ter sofrido uma reparação grande ou repintura, devido a acidente ou causa semelhante. Os batentes de forqueta do quadro parecem razoáveis, mas o melhor é verificar a brecagem com a forqueta no sítio mais tarde.
O farolim é o de origem e está em bom estado, excepto por uma das “hastes” que suporta a lâmpada dos mínimos estar partida. Tenho alguns farolins no armário que posso usar, mas esta avaria dá-me mesmo a desculpa que preciso para um projecto Bob-trónico. Me aguarda.
16.1.07
PHC not dead
Assim sendo, é com alegria que anuncio o início de uma nova fase na vida do bizarro motociclo. O Sam, reputado preparador e especialista de 2 tempos aqui do Norte, acolheu o PHC em sua casa e irá proporcionar-lhe um extreme make-over de virar a cabeça. Aqui fica a primeira foto do animal no seu novo ninho, na esperança que seja a primeira de muitas. Dá-lhe gás, Sam.
10.1.07
Dia 0 - primeiras fotos
Como podem observar, veio quase tudo desmontado incluindo o motor aberto. O quadro parecia relativamente direito, sem grandes pancadas ou podres. Também o chão, à primeira vista, não parecia propiciar pesadelos de podridão putrefacta. No entanto, um podre grande por baixo do bacalhau inspirava cuidados.
O depósito estava limpo por dentro, a fixação do amortecedor traseiro estava intacta, e estava tudo razoavelmente completo. Pormenores agradáveis são as matrículas de chapa e um banco corrido a acompanhar o par de bancos triangulares. No entanto, estava a faltar o conta-quilómetros (veio só o aro, ferrugento e amassado) e a cambota. Dentro do balde vinha uma cambota não identificada: acelera? Famel-Zundapp? Mesmo que a cambota correcta tivesse acompanhado o resto das peças, provavelmente teria ido parar ao caixote do eco-ponto no mesmo dia, a julgar pelas fotografias seguintes.
Quem abriu o motor, fê-lo sem limpar aquela camada de terra e óleo que envolve com tanto carinho e dedicação todas as peças que viajam expostas a um palmo do chão. Os carters mostravam algumas pancadas e danos, bem como um risquito na válvula rotativa, mas nada de irrecuperável. O cilindro tinha a base partida, o guiador tinha um furo maluco por cima, o guarda-lamas estava podre, e vinha tudo num balde. Ferrugem, teias de aranha, grandes quantidades de despesa, superiores quantidades de tempo, problemas infindáveis, alegrias abundantes. Tudo incluído no negócio.
9.1.07
A Sprint(er) – background desinteressante
Ao longo do tempo comecei a considerar a Sprint como a Vespa mais Vespa de todas, o modelo que melhor representa a marca. “E a GS? A GS é a melhor! E esta? E aquela?”, ouço vocês berrarem. Pois bem, considerem que a essência da Vespa é a de ser um veículo de transporte barato e funcional para as massas. Isso elimina logo os modelos desportivos como os mais representativos da marca (atenção que não estou a falar do melhor modelo, nunca mais sairíamos daqui, nesse caso).
As farol-no-guarda-lamas são muito giras e tal mas, digamo-lo com honestidade, não andam nada. Não servem para veículo do dia-a-dia nem para fazer grandes viagens. Logo, estão fora. As Vespas a partir de 1970 são excelentes no campo da facilidade de uso, mas já perderam muitos dos pormenores estéticos que tornam os modelos dos anos 50 e 60 tão fascinantes. Poucos modelos se encontram entre estas duas faixas e reúnem a estética antiga com a praticabilidade no dia-a-dia. Um deles é a Sprint. Um veículo para as massas, para o sr. Silva ir para o emprego, ou de férias. A essência da Vespa.
Já desde 99 ou 00 que andava à procura da Sprint certa, sem nunca a encontrar. Ou era muito cara, ou muito podre, ou muito longe. Até que um dia chegou a informação do Mexe: “o fulano X tem aquela Sprint que comprou desmontada a um velhote, ele quer vendê-la, é daquelas que tu gostas com símbolo rectangular”. Mais alguns dias e aparecem umas fotos não muito encorajadoras. Alguns telefonemas, várias jogadas de negociação e uma visita a Valongo para inspeccionar a máquina ao vivo depois, e estava o negócio feito. E a um preço justo, daqueles que já não se vêem. Sucesso!
Trazê-la para o Porto revelou-se surpreendentemente complicado, com um par de idas frustradas a Valongo indo e vindo com o Punto vazio. Eventualmente, um monte de peças ferrugentas passou a repousar no meu bunker. Estava-se no Inverno de 2004. Lá ficou sem lhe mexer até ao Inverno de 2006. Até agora.
8.1.07
Horta 3.1 - o site dos 6000 euros
O link oficial é horta.mooo.com. O link antigo hortadasvespas.com expirou e foi “pescado” por alguma ciber-empresa. Só por curiosidade, perguntei-lhes se o URL estava à venda e por quanto. A resposta:
“Congratulations for your interest in this unique domain name.
At the present time we are asking $7900 dollars.
Looking forward to your feedback.”
Assim nasce o lema da Horta das Vespas: o site dos 6000 euros. :-)
A Horta antiga continua em clientes.pluricanal.net/pla00523 e assim vai continuar, não lhe pretendo mexer para já. Existe um link conveniente para a Horta antiga logo à entrada. O redireccionamento antigo, horta.web.pt, continua a funcionar mas faz aparecer uma barra de publicidade incomodativa. A localização real é hortadasvespas.planetaclix.pt ou planeta.clix.pt/hortadasvespas, à escolha.
O link oficial é horta.mooo.com, fácil de decorar e tatuar, para além de ter uma conotação bovina deveras campestre e sintonizada com o espírito da Horta. Actualizem bookmarks e links agora! Horta.mooo.com. Gracias.
Como perdi a instalação do Dreamweaver, voltei a fazer a página no FrontNojo. Ignorem as inconsistências e avisem os erros, obrigado.