A Horta teve o prazer de MasterBlasterizar um motor de Vespa VL2 para um colega da zona de Guimarães. À medida que as micro-esferas de vidro embatiam no alumínio a grande velocidade, a sujidade e oxidação desapareciam por magia revelando marcações e pormenores há muito soterrados pela passagem do tempo e dos quilómetros.
Os carters anunciavam a sua proveniência com orgulho, com letras salientes e perfeitas de fonte invulgar. A seta apontava para um local da superfície de travagem no cubo dianteiro: talvez uma marca de referência para algum processo de torneamento do cubo? A face inferior da culaça apresentava duas marcações sobrepostas, uma delas com os números 8 e 56 (provavelmente mês e ano de fabrico) ao lado de um logotipo Piaggio extremamente simplificado. Várias outras marcações e números podem ser encontrados por quem se der ao trabalho de procurar. Eu acho piada a estes pequenos pormenores: se comprarmos algo hoje em dia, a marca mais emocionante que poderemos encontrar será um autocolante "Made in China" e um código de barras indecifrável. Iei.
1 comentário:
Arqueologia scooterística.
Muito bem!
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