Aqui está um relato inspirador e cheio de boas vibrações, retirado do vespa.org.uk, e que reproduzo já traduzido para vosso deleite literário:
Esta 152 L2 [modelo específico Inglês de fabrico nacional] de 1959 ainda é propriedade e é operada pelo seu dono original, John Lees de Cheltenham, e ainda é usada com frequência para pequenas voltas no seu território habitual. Este ano verá o seu 48º aniversário, e a sua invulgarmente baixa quilometragem (55000 quilómetros) deve-se a anos de inactividade no passado e à auto-confessada falta de apreciação do John duma máquina que ele agora começou a perceber que é tanto maravilhosa como histórica. Está agora a ser usada mais regularmente do que sempre e a ser extremamente bem tratada.
A pintura cinzento-cogumelo é a original com apenas arranhões menores e um leve vinco no avental causado por uma discussão com uma sebe. Depois de ter perdido força, o motor sofreu uma revisão grande há uns cinco anos atrás, mas antes disso o cilindro nunca havia sido desmontado. De facto, a culaça tinha sido desmontada apenas duas vezes para uma descarbonização rápida. A primeira desmontagem foi há uns 43 anos atrás quando a máquina estava a perder força, soando rouca, e não aguentava a mudança maior.
Alguém que 'conhecia' de motores deu uma vista de olhos e, quando ele nem conseguiu meter uma agulha de tricotar pelo escape acima, sugeriu que uma descarbonização poderia ser uma boa ideia (Oh, a feliz ignorância da juventude!). Lá saiu a culaça e o escape recebeu um banho de soda cáustica. Os resultados foram maravilhosos e a força total foi recuperada.
A segunda desmontagem da culaça foi há uns 38 anos atrás e, devido à baixa quilometragem, nunca mais saiu até à recente revisão grande. O escape original durou 20 anos mas foi então substituído. Senso comum implicou que se serrassem várias polegadas da nova ponteira de escape para facilitar a remoção da roda traseira (contra bons conselhos), tudo sem aparente efeito negativo. O segundo escape é o que está em uso hoje em dia. Pneus novos foram instalados, claro, bem como uma roda suplente. O selim foi soldado e re-estofado. A embraiagem foi substituída na revisão grande, apesar de a original estar a funcionar bem. Os calços de travão dianteiros são novos mas os traseiros, incrivelmente, são os originais. Os sinoblocos que seguram o amortecedor traseiro no lugar foram renovados há uns 30 anos atrás, bem como o amortecedor dianteiro. Mudanças no código da estrada viram a adição de uma luz de stop traseira, mas todas as outras lâmpadas são as originais [ :-o ].
Todos os cabos (à parte o cabo da embraiagem) são os originais, e aqui reside uma história - o primeiro cabo de embraiagem partiu quando a máquina tinha apenas 2 anos de idade, e o segundo cedeu em 1989. E onde é que cedeu? A uma centena de metros de um entusiasta local da Vespa que tinha um stock enorme de peças suplentes. Dentro de meia hora estava de volta à estrada.
Os platinados mantiveram-se intocados durante 25 anos e foi apenas um problema difícil de pegar-a-quente que levou à sua descoberta e substituição. Isso na realidade não curou o problema, mas um novo fole de ar e uma vela diferente fizeram-no. Aqueles platinados poderiam ter durado para sempre!
A manutenção consistiu em contar o número de rodas e dar pontapés nos pneus, e na borradela ocasional de óleo e massa. O mais longe que esta Vespa já esteve de Cheltenham foi Abergavenny (uns 100 quilómetros) e o lugar que já visitou mais vezes foi a 'Severn Bore tidal wave' ao pé de Gloucester. A situação mais próxima do desastre foi um par de milhas de chiadeira horrorosa numa ocasião em que não foi misturado óleo com a gasolina (está tudo bem leitores, já podem abrir os olhos agora - Ed). A compreensão súbita da causa levou à adição do óleo e, de novo, sem aparente efeito negativo. "Whiskers" [?] pararam a máquina duas vezes, ficou sem gasolina duas vezes, e teve três furos. Bateu num pássaro (que recuperou) e assustou de morte o pêlo duma ovelha na Floresta Dean. Um pára-brisas e uns piscas foram modas - todos removidos há décadas atrás para se recuperar a aparência original.
"Isso lembra-me," diz John, "o óleo da caixa bem pode ser o original. Tenho que o mudar um dia destes!"
Esta 152 L2 [modelo específico Inglês de fabrico nacional] de 1959 ainda é propriedade e é operada pelo seu dono original, John Lees de Cheltenham, e ainda é usada com frequência para pequenas voltas no seu território habitual. Este ano verá o seu 48º aniversário, e a sua invulgarmente baixa quilometragem (55000 quilómetros) deve-se a anos de inactividade no passado e à auto-confessada falta de apreciação do John duma máquina que ele agora começou a perceber que é tanto maravilhosa como histórica. Está agora a ser usada mais regularmente do que sempre e a ser extremamente bem tratada.
A pintura cinzento-cogumelo é a original com apenas arranhões menores e um leve vinco no avental causado por uma discussão com uma sebe. Depois de ter perdido força, o motor sofreu uma revisão grande há uns cinco anos atrás, mas antes disso o cilindro nunca havia sido desmontado. De facto, a culaça tinha sido desmontada apenas duas vezes para uma descarbonização rápida. A primeira desmontagem foi há uns 43 anos atrás quando a máquina estava a perder força, soando rouca, e não aguentava a mudança maior.
Alguém que 'conhecia' de motores deu uma vista de olhos e, quando ele nem conseguiu meter uma agulha de tricotar pelo escape acima, sugeriu que uma descarbonização poderia ser uma boa ideia (Oh, a feliz ignorância da juventude!). Lá saiu a culaça e o escape recebeu um banho de soda cáustica. Os resultados foram maravilhosos e a força total foi recuperada.
A segunda desmontagem da culaça foi há uns 38 anos atrás e, devido à baixa quilometragem, nunca mais saiu até à recente revisão grande. O escape original durou 20 anos mas foi então substituído. Senso comum implicou que se serrassem várias polegadas da nova ponteira de escape para facilitar a remoção da roda traseira (contra bons conselhos), tudo sem aparente efeito negativo. O segundo escape é o que está em uso hoje em dia. Pneus novos foram instalados, claro, bem como uma roda suplente. O selim foi soldado e re-estofado. A embraiagem foi substituída na revisão grande, apesar de a original estar a funcionar bem. Os calços de travão dianteiros são novos mas os traseiros, incrivelmente, são os originais. Os sinoblocos que seguram o amortecedor traseiro no lugar foram renovados há uns 30 anos atrás, bem como o amortecedor dianteiro. Mudanças no código da estrada viram a adição de uma luz de stop traseira, mas todas as outras lâmpadas são as originais [ :-o ].
Todos os cabos (à parte o cabo da embraiagem) são os originais, e aqui reside uma história - o primeiro cabo de embraiagem partiu quando a máquina tinha apenas 2 anos de idade, e o segundo cedeu em 1989. E onde é que cedeu? A uma centena de metros de um entusiasta local da Vespa que tinha um stock enorme de peças suplentes. Dentro de meia hora estava de volta à estrada.
Os platinados mantiveram-se intocados durante 25 anos e foi apenas um problema difícil de pegar-a-quente que levou à sua descoberta e substituição. Isso na realidade não curou o problema, mas um novo fole de ar e uma vela diferente fizeram-no. Aqueles platinados poderiam ter durado para sempre!
A manutenção consistiu em contar o número de rodas e dar pontapés nos pneus, e na borradela ocasional de óleo e massa. O mais longe que esta Vespa já esteve de Cheltenham foi Abergavenny (uns 100 quilómetros) e o lugar que já visitou mais vezes foi a 'Severn Bore tidal wave' ao pé de Gloucester. A situação mais próxima do desastre foi um par de milhas de chiadeira horrorosa numa ocasião em que não foi misturado óleo com a gasolina (está tudo bem leitores, já podem abrir os olhos agora - Ed). A compreensão súbita da causa levou à adição do óleo e, de novo, sem aparente efeito negativo. "Whiskers" [?] pararam a máquina duas vezes, ficou sem gasolina duas vezes, e teve três furos. Bateu num pássaro (que recuperou) e assustou de morte o pêlo duma ovelha na Floresta Dean. Um pára-brisas e uns piscas foram modas - todos removidos há décadas atrás para se recuperar a aparência original.
"Isso lembra-me," diz John, "o óleo da caixa bem pode ser o original. Tenho que o mudar um dia destes!"
Sem comentários:
Enviar um comentário