Não há muitas coisa que me irritem muito. O Mickael ou lá como o gajo se chama Carreira é uma delas. Mas há muitas coisas que me irritam um pouco. O comportamento das pessoas nas escadas rolantes, sem dúvida.
Porque é que as pessoas ficam paradas nas escadas rolantes? Há alguma regra de segurança que eu não conheça que obrigue à imobilização total e completa dos utilizadores das ditas escadas? E se assim fosse, não seria de esperar que uma significativa percentagem dos portuguesinhos médios desrespeitasse tal regra e se mexesse desafiadoramente nas escadas rolantes, algo que qualquer visita casual ao shopping se encarregará de desprovar categoricamente?
São apenas escadas, podeis subi-las ou descê-las como qualquer escada normal. A sério, experimentem. Se o raio da escada acelerasse bruscamente para logo a seguir desacelerar com violência, compreenderia a reticência observada em levantar um pé e pousá-lo no degrau seguinte, mas o raio da coisa viaja a uma velocidade constante, vejam lá o golpe de génio que acometeu os fabricantes da coisa. É Física básica do liceu, gente. Se não há aceleração, não há força de inércia a querer mandar-nos ao chão. A sério, confiem em mim.
Foi a passagem para a posição bípede que forneceu aos hominídeos o incentivo necessário para o desenvolvimento da massa cerebral e das capacidades de equilíbrio e locomoção. Assim sendo, seria de esperar que um ser humano típico, beneficiando de milhares de anos de evolução, conseguisse atingir a conclusão que todos os degraus que se encontram por baixo dele se deslocam a uma velocidade constante em relação a um qualquer referencial conveniente, e que todos apresentam uma velocidade relativa nula entre si, exactamente como numa escada típica e imóvel, tornando a movimentação ambulatória nas supra-citadas passadeiras escalonadas no mesmo, idêntico, fácil, perfeitamente identificado, sobejamente conhecido, totalmente dominado problema dinâmico de subir ou descer um degrau. Mas não, têm que ficar parados.
E são estas as mesmas pessoas que, quando viajam de avião, apesar do pedido difundido em três línguas diferentes, apesar de estarem fechadas num tubo metálico de 100 toneladas com alguns milhares de litros de carburante em cada asa, apesar de o maior acidente da aviação comercial da história ter ocorrido na pista de um aeroporto e não no ar, são elas mesmas que abrem o cinto e se levantam à menor oportunidade, e dispendem grandes quantidades de energia a retomarem posse da bagagem de mão e a arrastá-la com a maior celeridade possível até à porta do avião. Aí já não ficam quietas.
E mesmo que não queiram subir ou descer o raio da escada porque os degraus 10% mais altos que o normal fazem confusão ao vosso cérebro mirrado por incontáveis fins-de-semana passados no shopping a respirar humidade corporal reciclada pelo ar condicionado, cheguem-se ao lado! Cheguem-se à direita, se a conseguirem distinguir, e deixem-me passar, pois eu possuo esta estranha e bizarra habilidade de conseguir deslocar-me pelos meus próprios meios numa escada rolante. Vocês gastam 30 segundos da minha vida ao ficarem parados a masturbar o telemóvel, ou com a mãozinha no bolso de trás das calças de marca do(a) vosso(a) namorado(a). Como dizia o Henry Rollins: " Podem tirar-me a vida apunhalando-me; se desperdiçarem 30 segundos da minha vida, é o mesmo que me apunhalarem com uma faca muito pequenina". Saiam da minha frente, estáticos!
Porque é que as pessoas ficam paradas nas escadas rolantes? Há alguma regra de segurança que eu não conheça que obrigue à imobilização total e completa dos utilizadores das ditas escadas? E se assim fosse, não seria de esperar que uma significativa percentagem dos portuguesinhos médios desrespeitasse tal regra e se mexesse desafiadoramente nas escadas rolantes, algo que qualquer visita casual ao shopping se encarregará de desprovar categoricamente?
São apenas escadas, podeis subi-las ou descê-las como qualquer escada normal. A sério, experimentem. Se o raio da escada acelerasse bruscamente para logo a seguir desacelerar com violência, compreenderia a reticência observada em levantar um pé e pousá-lo no degrau seguinte, mas o raio da coisa viaja a uma velocidade constante, vejam lá o golpe de génio que acometeu os fabricantes da coisa. É Física básica do liceu, gente. Se não há aceleração, não há força de inércia a querer mandar-nos ao chão. A sério, confiem em mim.
Foi a passagem para a posição bípede que forneceu aos hominídeos o incentivo necessário para o desenvolvimento da massa cerebral e das capacidades de equilíbrio e locomoção. Assim sendo, seria de esperar que um ser humano típico, beneficiando de milhares de anos de evolução, conseguisse atingir a conclusão que todos os degraus que se encontram por baixo dele se deslocam a uma velocidade constante em relação a um qualquer referencial conveniente, e que todos apresentam uma velocidade relativa nula entre si, exactamente como numa escada típica e imóvel, tornando a movimentação ambulatória nas supra-citadas passadeiras escalonadas no mesmo, idêntico, fácil, perfeitamente identificado, sobejamente conhecido, totalmente dominado problema dinâmico de subir ou descer um degrau. Mas não, têm que ficar parados.
E são estas as mesmas pessoas que, quando viajam de avião, apesar do pedido difundido em três línguas diferentes, apesar de estarem fechadas num tubo metálico de 100 toneladas com alguns milhares de litros de carburante em cada asa, apesar de o maior acidente da aviação comercial da história ter ocorrido na pista de um aeroporto e não no ar, são elas mesmas que abrem o cinto e se levantam à menor oportunidade, e dispendem grandes quantidades de energia a retomarem posse da bagagem de mão e a arrastá-la com a maior celeridade possível até à porta do avião. Aí já não ficam quietas.
E mesmo que não queiram subir ou descer o raio da escada porque os degraus 10% mais altos que o normal fazem confusão ao vosso cérebro mirrado por incontáveis fins-de-semana passados no shopping a respirar humidade corporal reciclada pelo ar condicionado, cheguem-se ao lado! Cheguem-se à direita, se a conseguirem distinguir, e deixem-me passar, pois eu possuo esta estranha e bizarra habilidade de conseguir deslocar-me pelos meus próprios meios numa escada rolante. Vocês gastam 30 segundos da minha vida ao ficarem parados a masturbar o telemóvel, ou com a mãozinha no bolso de trás das calças de marca do(a) vosso(a) namorado(a). Como dizia o Henry Rollins: " Podem tirar-me a vida apunhalando-me; se desperdiçarem 30 segundos da minha vida, é o mesmo que me apunhalarem com uma faca muito pequenina". Saiam da minha frente, estáticos!
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