É tempo de finalizar o teste do capacete
Nexx XR1R! Podem ler as impressões iniciais e descrição
aqui, antes de prosseguirem.
O meu Nexx tornou-se um companheiro de viagem inseparável
Visibilidade. Excelente! O campo de visão é absolutamente panorâmico. É tão amplo, de facto, que fui obrigado a fazer a minha modificação do costume e adicionar uma "pala" de fita adesiva preta no topo da viseira para cortar o Sol.
O único obstáculo à visibilidade é o bloqueio da viseira na posição fechada (boa característica de segurança) que me irritou bastante ao andar com a viseira entreaberta - está ali uma mancha negra constante no nosso campo de visão. No entanto, agora que já estou habituado, quase que nem noto.
Conforto. Nota elevada. A minha única queixa é que aperta um pouco na testa mas cada cabeça é diferente e a minha tem que albergar um crânio sobre-desenvolvido. Estou muito satisfeito tendo em conta que não experimentei os vários tamanhos (o tamanho L foi escolhido por net) e que ainda não me dei ao trabalho de brincar com as extensas possibilidades de ajuste fornecidas pelas várias inserções almofadadas.
A leveza extrema ajuda muito nas viagens longas e é outro ponto forte no campo do conforto.
Barulho. Nos primeiros quilómetros o XR1R pareceu-me extremamente bem insonorizado, mas creio que isso se deveu ao contraste com o meu capacete antigo que já estava cheio de folga e deveras barulhento. Com o passar do tempo a minha opinião mudou e dou-lhe agora uma nota média. Muito silencioso aos 60km/h, nota-se o barulho do vento aos 80km/h, torna-se um pouco incómodo aos 100km/h.
Mau tempo. Sem queixas; a viseira é impermeável quando fechada e não notei tendência para embaciar.
Ventilação. Nota média. Está lá mas não me deslumbrou, estava à espera de mais.
Construção. Nota máxima! Todas as pecinhas importantes continuam no sítio e a funcionar como novas. Registo apenas dois problemas, ambos de gravidade quase nula: uma tampinha do furo do pinloc caiu (tive que o tapar com fita adesiva pois fazia barulho aerodinâmico) e a extremidade da fita de queixo desfiou um pouco.
Furo do pinloc tapado com fita adesiva; em baixo à esquerda o pequeno papo preto que bloqueia a viseira na posição fechada
Fivela. O XR1R é um produto de gama alta, com uma vocação que pende para o pessoal das CBRs e os track days e o camandro. Nesse sentido, a fivela de anel duplo comum nos capacetes mais "racing" faz todo o sentido e é perfeita. Só que eu ando de Vespa no dia-a-dia, e aí a fivela torna-se extremamente irritante.
É fácil de abrir depois de lhe apanharmos o jeito, mas é chata de fechar, tarefa que se torna impossível então com luvas vestidas. A fazer recados na cidade é fastidioso ter que estar sempre a dar o nó para podermos levar o capacete na mão. Aliás, cheguei a deixá-lo cair uma vez por me ter recusado a repetir o processo pela enésima vez naquele dia.
Nota baixa para a fivela: não é um defeito do capacete, mas torna-se um defeito da maneira como eu o uso.
Ponta da fita desfiada e a lenta fivela de anel duplo
Relação preço/qualidade. Dou-lhe uma nota boa, mas não excelente. Vale todo o dinheiro e mais (construção em triplo compósito de baixo peso e sistema de regulação de encaixe inédito, não esquecer), mas o preço a rondar os 200 euros é considerável.
Adoraria ver um XR1 "econo" com uma construção mais económica e uma fivela de encaixe rápido: campeão total de vendas!
Resumo: recomendado! (em branco fica liiiindo) Porquê mandar divisas para o estrangeiro quando podemos ter material lusitano de categoria mundial? Leiam uma segunda opinião no eloquente
blog Offramp.