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29.11.08

$%#&$# do velhote! revisited

Há uns dias atrás desabafei acerca dum velhote mas não adiantei grandes pormenores. Entretanto já recuperei do choque e já posso partilhar convosco os detalhes de tão desagradável episódio de modo calmo e controlado.

Ia eu para o escritório pelo caminho habitual, a subir a A3, quando começo a tomar a saída para a A4 (Valongo, Águas Santas e isso tudo). Ora esta saída não é a típica faixa única com uma curva apertada; é mais uma bifurcação suave com duas faixas que se separam das restantes. Eu ia na faixa mais à direita e, quando estou a entrar na bifurcação, noto um carro parado mais à frente, meio na berma, meio na minha faixa. Lembro-me de ter pousado o pé no travão para abrandar um pouco antes de passar por ele. Afinal de contas, nunca se sabe o que pode acontecer, certo?

É aqui que fica interessante. Estou a aproximar-me do carro parado, pronto para passar por ele sem sair da minha faixa, quando o tipo decide atravessar perpendicularmente as duas faixas da saída para voltar ao sentido principal, com toda a calma! Estilo, mesmo à minha frente?! Mega-momento WTF!? Se eu fosse um piloto sobredotado provavelmente teria tido a presença de espírito para me desviar à direita, afastando-me do obstáculo que se deslocava para a esquerda. Pois, só que eu sou um Zé Médio e atirei-me para a esquerda, como faríamos quase todos. Lembro-me de ter tido apenas tempo para pensar "espero que não esteja ninguém à minha esquerda" antes de atirar violentamente a PX para o lado em direcção ao sentido principal.



Então estou a cortar duas ou três faixas de auto-estrada às cegas, tentando completar esta manobra de loucos antes de bater nos separadores que se estavam a aproximar a uma velocidade desconcertante (tudo isto se deve ter passado a uns 70 km/h), enquanto o tipo do carro continua a deslocar-se perpendicularmente numa intercepção perfeita da minha trajectória. Lembro-me de continuar a forçar a minha curva e de olhar fixamente para o capô dele, cada vez maior, que eventualmente passou pela minha direita a uma distância obscenamente pequena. Acho até que me encolhi à espera da pancada, mas esta não aconteceu.

Acabei de realizar uma manobra perigosíssima para evitar três meses de hospitalização e ainda estou de pé. Qual a primeira coisa a fazer? Virar-me para trás e acenar com o dedo do meio da maneira mais rude e desrespeitosa que me for possível. A segunda coisa a fazer foi parar na berma e esperar que passassem os tremores. Nisto passa o Sr. Indecisão, ainda sem pressa, e levou com mais umas abanadelas de punho fechado. Foi então que pude observar os ocupantes da Quadriga do Anjo da Morte: um típico casal de velhotes. Já alguma vez viram aqueles velhotes a conduzir que, quando chegam a um cruzamento, tentam virar o pescoço para ver se vem trânsito e não conseguem? Torcem apenas um bocadito os ombros, o pescoço petrificado com artrite, e depois arrancam em primeira e só metem a segunda lá ao fundo? Era um desses.

Passado um bocado lá continuei até à próxima saída e voltei para trás, para ir à minha vida. Fónix! Foi ainda pior que este susto. Se eu não tivesse tido a previdência de perder um pouco de velocidade à vista do carro parado, acho que não teria conseguido evitar contacto com o capô, logo a seguir aos separadores. A pancada ter-me-ia atirado mesmo para o meio da estrada... Não me lembrei de olhar para a matrícula na altura; caso contrário, tinha feito queixa do homem à polícia sem remorsos ou hesitações. Quais inspecções obrigatórias aos motociclos! Façam mas é inspecções aos condutores! Em vez de verificarem se os escapes são homologados, deviam era verificar se os velhotes conseguem virar os pescoços. Fónix.

Carpe diem.

28.11.08

A crise económica

Não há dúvida que a economia mundial está a passar por uma fase negativa. No entanto, se os ianques conseguem eleger um afro-americano de nome Barack Hussein Obama para seu presidente, é porque milagres acontecem e ainda há esperança na Humanidade. Enquanto o futuro não chega é altura de avaliar o presente.

A crise afecta também o mercado das Vespas. Veja-se a Super dos 6000 euros, com camber especial para pistas ovais. O seu preço inicial teve que ser corrigido para 5000 euros pouco depois, e encontra-se agora anunciada a 4750 euros.



Esta tendência descendente é claramente visível no seguinte gráfico com fundo azul-cueca e regressão linear sobreposta:



Não há dúvida que as coisas estão más para os vendedores de magníficas Vespas clássicas perfeitamente "restouradas". Em pouco mais de um ano, o preço deste exemplar caiu 20.8%! Este facto, já de si bastante dramático, ganha nova dimensão quando reparamos que o preço actual de 4.750 euros cai em competição directa com um atraente Vietbodge. Graças à conjuntura económica actual, poderemos assistir a uma confrontação total entre Vietbodge e Tugabodge, à medida que cada um tenta dominar a sangrenta arena dos classificados internéticos. Tempos emocionantes aproximam-se.

(é verdade que apareceu um stander a anunciar um aborto qualquer a 10.000 euros mas isso só pode ser intoxicação dos vapores da tinta azul-cueca, não merecendo qualquer reacção da Horta)

27.11.08

Técnicas de pilotagem

Eu não sou exactamente um especialista em pilotagem de competição mas parece-me bastante claro que se mantivermos a roda traseira no chão seremos recompensados com tracção melhorada e maior aceleração. É claro que, numa prova de resistência como esta de Abrantes, a durabilidade do pneu traseiro é importante. Talvez seja esta a preocupação primária do piloto anónimo capturado pela minha máquina... Já tinha ouvido falar em andar de roda no ar, mas sempre assumi que fosse a da frente. Enfim, estamos sempre a aprender.



26.11.08

Horta Quizz #3

Enquanto vocês tentam e falham em sugerir uma música viável para o vídeo das corridas (esqueci-me de dizer que não curto hip-hops nem técnos?), eu estou a recuperar o "lanço" da Horta, seriamente comprometido graças ao meu retiro tântrico de 3 semanas nas ilhas Fiji.

Podemos começar com um pequeno quizz. Se acertarem, terão a oportunidade de desenhar a bicicleta dos vossos sonhos; se falharem... Hhmmm... Vocês não querem falhar, acreditem. A pergunta é: o hiato recente de actividade na Horta e o sofrimento respectivo causado aos leitores habituais teve qual efeito em Bob?

25.11.08

Dêem-me música

Estou de volta.

Já que vocês têm tanto tempo excedentário a ponto de precisarem desesperadamente de postas hortículas novas para ocuparem as vossas vidinhas insípidas, vou pôr-vos a trabalhar. Preciso duma música- sei lá, aí com uns 3 minutos?- para fazer o vídeo das corridas, e são vocês que ma vão arranjar.

Toca a botar aí nos comentários uns vídeos do Youtube com a vossa sugestão de banda sonora decente. Eu escolherei a mais apropriada e ridicularizarei as menos adequadas. No fim, ai daquele que se queixar da música do vídeo. Ai dele!

6.11.08

"El Coucho"

É altura de reciclar um dos meus vídeos preferidos, o [Rally Strip] (é o que tem menos hits :-/ ):



Essa pequena experiência em time lapse cinematográfico murcha para proporções insignificantes quando colocada ao lado dum verdadeiro vídeo time lapse à homem, i.e. envolvendo máquina de soldar e bocados de metal afiados. Contemplem a magnificência de El Coucho!



Recomendo ainda o vídeo tirado em movimento que inclui miúdas giras, gajos tatuados sem camisa, um cão e muita cerveja. God bless the U.S.A.!

5.11.08

Vietbodges pró Natal

Para os lados de Mira acabou de ser descarregado um contentor cheio de Vietbodges fresquinhos, a tempo para o Natal. Se vocês sabem o que é um Vietbodge, então já começaram a correr na direcção oposta. Se ainda não sabem o que é um, olhem bem para a foto. Estas Vespas garridas são restauros Vietnamitas de fraquíssima qualidade, perigosos e fraudulentos. NEM LHES TOQUEM! São fáceis de reconhecer pelas cores berrantes, pinturas de dois tons, montes de acessórios e modificações, e matrícula inexistente ou recente. NEM LHES TOQUEM! (Edit: via hugoliveira @ ScooterPT)



"Can we bodge it? Yes, we can!" (piada muito à frente Bob/ Bob the Builder/ Bodge@SRV)