Autor desconhecido, via Martim |
9.2.11
F.M.N.P.C.D.L.E. strikes again
Parece que a M.R.T.S. (Mais Recente Tendência Scooterista), o farol montado no porta-couves do lado esquerdo (F.M.N.P.C.D.L.E.) não mostra tendências de abrandar. As internétes estão pontilhadas com declarações de intenção de montagem do acessório da moda (A.M.).
Ora acontece que este vírus iluminatório não originou no campo Vespista mas, antes, sofreu uma mutação que o fez saltar entre espécies, como um Creutzfeld-Jacob de acessorização scooterista. Prova é esta foto de há um par de temporadas atrás que coloca o início desta aflição numa linha temporal anterior à tida como correcta e no campo Heinkeleiro.
Foto de Rui Heinkel |
Sim, é este o resultado dos passeios e concentrações multi-marcas, as Vespas a apanharem doenças esquisitas de outras scooters. Notem que o porta-couves de origem das Heinkel (aquele U invertido por baixo do guiador) já possui na sua proximidade imediata um farol (o principal), o que dá azo a uma solução evolucionária interessante de montagem no pára-choques tubular duplo semi-cilíndrico, ou P.C.T.D.S.C.. Do lado esquerdo, claro, pois o lado direito tem conotações com estilos de vida alternativos.
É claro que eu também quero estar na moda, por isso apliquei o primeiro farol que me apareceu à frente de modo porta-couvístico a bombordo. Mega-pontos de estilo prá Pêxizer! Vou andar com uma lâmpada azul no porta-luvas para trocar quando estiver estacionado e iluminar por baixo da Vespa, estilo Fast and Furious. Bem pensado, não?
Os meus vizinhos pensam que sou esquisito |
"Bola de Canhão" - uma sugestão de estrutura para estabelecimento de cadeia alimentar scooterista
Já todos ouvimos estas alegações - no café, nos fóruns, no clube. "A minha dá 130 a subir um pinheiro", "comi o gajo só com um bocado de punho de terceira", "não há T5 kitada que me toque". Tais afirmações raramente podem ser provadas, uma impossibilidade dramática no caso de serem verdadeiras e ainda mais no caso de serem falsas.
"What would Jeremy Clarkson do?" A Horta sugere uma solução para aferir de modo pragmático e quantitativo o nível de barrote de cada Vespa, e assim estabelecer uma cadeia alimentar global e clara que não seja baseada em área cromada. Eu chamo-lhe... a Bola de Canhão.
Estabeleçam-se 4 ou 5 percursos em auto-estrada/IC grátis e pouco movimentada, distribuídos por todo o país. Estes percursos deverão ter uma extensão entre os 60 e os 120 quilómetros, e começar e acabar em pontos de acesso fácil como nós ou estações de serviço. Qualquer pessoa é livre de fazer um percurso quando e quantas vezes quiser, bastando marcar o tempo de chegada e partida com fotografias de um relógio, por exemplo. A média obtida poderia então ser partilhada num fórum da interwébe adequado, estabelecendo-se desse modo uma classificação inequívoca à escala nacional.
A coisa poderia ser feita de modo legal e seguro, dado que dificilmente uma scooter clássica de estrada consegue atingir velocidades perigosas na AE de modo sustentado - em Portugal, claro, pois noutros sítios a coisa pia mais fina ;-). Viagens a outras zonas do país também poderiam ser planeadas de modo a incluirem estes percursos cronometrados no itinerário, gerando um Grand Tour de kitanço que ficaria bem na assinatura do fórum de qualquer scooterista de sangue na guelra.
O sistema Bola de Canhão tem também a vantagem (do meu ponto de vista) de privilegiar a fiabilidade; não é difícil colocar uma Vespa a andar depressa, mas fazer com que ela aguente uma hora de gás colado é outra coisa completamente diferente que exige verdadeira mestria mecânica e não apenas um cartão de crédito e uma conta na SIP.
Novamente, a Horta oferece soluções imediatas e acessíveis para os problemas mais graves dos scooteristas nacionais. Já agora, o meu recorde é 96 quilómetros numa hora, algures no meio de Portugal, à noite. A sério, eu mostro-vos a tatuagem.
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