A Horta tem sido constantemente inundada por emails* a perguntarem-me o que é que levo no meu porta-luvas ("se eu meter uma porta de porta-luvas dentro dum porta-luvas este passa a
ser porta-portas? E se eu abrir um negócio de entrega de porta-portas
de porta a porta, onde meto as luvas?") e, como eu precisava de arrumar o dito depois do Ibero, aproveitei e fiz o registográfico pixelo-digital.
Da esquerda para a direita e de cima para baixo (não serve de garantia contratual...) :
- Uma bolsa de ferramentas contendo um de cada. Porque já tive uma avaria de cada.
- Um bidão de óleo com um litro de gasolina. Porque sou preguiçoso a meter gasolina.
- Uma embraiagem de origem suplente. Caso a nova tenha outro episódio de implosão, mas parece que já está tudo a funcionar bem, é só mesmo para dar sorte.
- Uma bomba de ar de bicicleta do início dos anos 80. Já deu muito jeito, afianço-vos tal.
- Uma chave da roda traseira. Porque não se consegue trocar a embraiagem sem tirar a roda.
- Um pano. Para fazer coisas que se fazem com panos.
- Um guardanapo de papel da estação de serviço. Porque às vezes faço umas grandes borradas.
- Uma lanterna Petzl Zipka antiga. Porque 73% das avarias são à noite.
- Um tubo de óleo 2T que ganhei no Ibero. Porque não ocupa espaço e é sempre bom ter um de cada (ver bolsa de ferramentas).
- Uma câmara-de-ar enrolada junto a um colete reflector. Porque a seguir a um furo há sempre outro e porque 76% das avarias são à noite (exacto, a percentagem subiu nos últimos 10 segundos).
- Uma massa em constante mutação de esticadores variados e redes elásticas. Porque eu tenho 2 porta-couves que são muito utilizados para carregar tralha sem qualquer valor ou propósito, e porque uma vez partiu-se-me a mola do descanso em viagem e eu segurei o descanso com um esticador e funcionou tão bem que andei 2 ou 3 semanas sem mola.
*Nem Por Isso (N.P.I.)