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5.12.08

A minha Sexta-feira

Primeiro quero agradecer todos os vossos comentários relativos ao vídeo [Azul Cueca], aqui e no ScooterPT. Diverti-me muito a fazê-lo e, se pude alegrar um pouco o vosso dia, ainda melhor. Obrigado por verem! Alguém disse que era um "hino"; tinha piada se as pessoas começassem a gravar as suas próprias actuações do [Azul cueca]. Que acham? É um desafio! Prometo que ponho na Horta.

Hoje fui fazer uma pequena excursão de enlatado para tratar duns assuntos em terras mais a Sul. Primeiro, fui visitar a fábrica de capacetes Nexx. Eix ca'categoria! Ranger Bob gostou muito e apresentará relato ilustrado em tempo oportuno.



Em seguida fui visitar um garageiro para desencravar uns documentos duma Vespa que já estavam pendentes há cinco anos. Cheguei lá às 11 da manhã e bati com o punho fechado no balcão: "Sr. Fernando, isto não passa de hoje, ligue ao homem. Então ligue à mulher. Não faz mal, eu espero. Mas o homem tem que parar para almoçar, não?! Eu vou ter com ele! Então combine lá. Vamos embora que você sabe o caminho." Às 13 já estava tudo resolvido. Pimba! Para um procrastinador crónico como eu foi uma autêntica vitória pessoal encerrar um stress de meia década graças a acção pessoal e decisiva. Props para o Rui Multi-marcas e o Paperino que me ajudaram a regularizar a situação.

Nestes trilhos menos viajados, a anos-luz de distância das estereotípicas urbes modernas, tive a sorte de observar mais um espécime de Scooterium Ruralis Lusitaniae. Em essência, uma Vespa a ser usada como transporte e ferramenta diária, da maneira mais pura possível, em oposição a acessório de moda. Há sempre tempo para parar e conversar com o compadre...



Façam o favor de notar o cesto de vime duplo para levar as pencas e hortaliças, habitual nesta zona. Este maquinão cumpre serviços exemplares e- choque! surpresa!- não está restaurado. É verdade, uma Vespa também funciona com a pintura baça e com uns toques na chapa. Quem diria, ein? Eu tentei transmitir-vos este conceito desafinando propositadamente no [Azul cueca], essa imperfeição harmónica funcionando como uma metáfora sofisticada para ilustrar a futilidade do restauro, mas creio que falhei na transmissão bem sucedida da mensagem. Bem, creio que terei que desafinar ainda mais. :-)