Realizar 100.000 quilómetros numa Vespa é um feito. Sabe muito bem ver a fila de noves "dar a volta" em sincronia mecânica até ser substituída por uma fila de bolinhas perfeitas. É um feito invulgar mas não difícil. O que é difícil, isso sim, é fazer 200.000 quilómetros numa Vespa.
Eu estou a caminho pois já vou com 175.000, mas não sou o único neste trilho. O PE, um rapaz garboso e de refinado bom gosto que partilha o meu/nosso amor pela Vespa, já deve estar a rondar os 140.000. Ora, se estudarmos o seguinte gráfico gerado pelo super-computador da Horta...
Horta Analog Xtreme Definition Super Hyper Graphix (TM)
...torna-se clara a existência de uma distinta e real possibilidade de ser a PX do PE a atingir a dupla centena de milhar de milhares de metros antes da minha PX. Ora isto deverá acontecer no início de 2019, daqui a 3 anos. O primeiro segmento de recta (até 99) é da responsabilidade do dono anterior da minha PX; a seguir a 99 podemos observar que o declive das duas linhas é semelhante o que me daria a vantagem. No entanto, a minha quilometragem começou a abrandar no início da presente década, ao passo que o PE continuou a fazer 500 quilómetros por dia ou lá o que é necessário para atravessar o rio Tejo e ir para o emprego.
Quem chegará primeiro à linha tracejada? Será que assistiremos a viagens-maratona no Inverno de 2018 para não deixar escapar o título? Ou será que o Zé João tem realmente uma Rally que já deu a volta por duas vezes? Façam as vossas apostas nos comentários e que ganhe o Vespista com o rabo mais insensível.