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26.10.17

Bob tenta estofar um banco de Vespa, parte 3

Com o grosso da costura feita (parte 2 aqui) entramos nos acabamentos e montagem. A "pega" do passageiro é só um bocado de tecido com uma fita de nylon dentro. Os cravos estavam tão podres que saíram à mão.


O nylon era espesso demais para costurar por isso colei uma tira de tecido à volta da fita com cola de contacto. #snifarcola


Agrafei o nariz no sítio para poder prender a dobradiça com parafusos. Podia agrafar tudo antes e prender a dobradiça com rebites, mas teriam que ser rebites bastante grossos e depois ficava com os pulsos a doer que o meu alicate de rebitar é dos baratos.


Estica-se bem para diluir os erros e agrafa-se a toda a volta. Para prender a pega fui obrigado a retirar alguns agrafos do meio porque há uma anilha (a de "ombros", que parece um chapeuzinho, aquela que quase perdi no meio da rua) que fica por dentro da espuma e apoia a fivela cromada. #nãofoigrave

E cortei um buraco para a fechadura.


It's done, bitches! Tendo em conta as costuras medíocres que fiz, até tem um aspecto aceitável. Só ao longe, porque os pontos revelam rapidamente o amadorismo extremo da coisa se se olhar de perto.


Valeu a pena o investimento de tempo e dinheiro só para não comprar uma capa feita? Para mim, que gosto de aprender técnicas e usar ferramentas novas, sim, e o próximo banco é grátis e correrá muito melhor. Para o Vespista médio, nem pensar.

Pode uma pessoa normal fazer uma capa decente para um banco de Vespa? Depende da definição de "decente" mas eu diria que não. Para ficar uma coisa aceitável é necessária alguma experiência (não pode ser o primeiro nem o segundo banco) e desconfio que uma máquina de costura industrial que consiga avançar várias camadas de napa sem falha é quase imprescindível.*

*o verdadeiro artesão coloca sempre a culpa nas ferramentas