Entretanto, quero partilhar algo com os leitores. A Horta, na sua inocente humildade, já consegue criar um tráfego de visitantes apreciável (quem me quer patrocinar? Alguma fábrica de chocolate?). Desde o início que uso um contador de visitas que me indica como é que os visitantes vêm ter à Horta, quais os sites onde clicam e por que palavras é que procuram. Uma ferramenta imprescindível para qualquer um com aspirações ao domínio mundial.
Como usei a palavra "tuning" na descrição original da Horta, calham-me muitos tipos da fibra de vidro e das ponteiras cromadas. É divertido ver todas as variações ortográficas da palavra "tuning" que eles conseguem inventar. Que imaginação! (ah, e alguém procurou por "piagiu").
Recentemente, no entanto, apareceram-me duas pérolas. Alguém caiu na Horta googlando a expressão "me dê um resumo de ilustração de uma horta". Este cibernauta, provavelmente de ascendência brasileira, pediu, educada mas firmemente, por um resumo de ilustração de uma horta. Não sei bem o que ele queria, mas todos concordarão em que o Google errou ao sugerir um site vocacionado para as bricolagens de scooters clássicas.
Finalmente, a minha preferida: um de vocês googlou "como pôr a traseira de uma zundapp mais alta". O Google esteve bem porque eu menciono a Zundapp na secção Carina, mas se alguém já tivesse implementado um filtro de bom gosto, de certeza que o teclado do cibernauta em questão teria explodido.
Temo bem que ele estaria em busca de instruções pormenorizadas para inclinar a rabeira do seu veículo num ângulo ridiculamente exagerado, como vejo os picas fazerem às suas DTs. Certamente que a matrícula e a iluminação traseira seriam baixas inocentes mas inevitáveis neste massacre. Não só o conceito de desfigurar um veículo para que o operador se torne mais atraente ao sexo oposto e suba na hierarquia do seu gang de aceleras do bairro é patético em si, mas o facto desta pobre alma possuir apenas uma mera Zundapp onde possa expressar os seus impulsos criativos xunings reveste-se duma aura tragicómica deprimente. Alguém arranje uma japuna ao homem e lhe mostre como pôr a rabeira a apontar para cima. A Horta, custa-me dizê-lo, falhou neste ponto.