Domingo foi um dia de 300 quilómetros. A pacata Vila de Fontes foi invadida por um exército de chaços, e pelos pilotos respectivos com elevado nível médio de jaguncice. Eu estive lá para registar o facto.
Os motores castigados ecoaram pela serra num rugido colectivo de dor, adicionando uma agreste dimensão sonora ao espectáculo surreal. Pelas apertadas e serpenteantes ruelas da vila lançaram-se os pilotos, novos e velhos, profissionais e inconscientes, impressionantemente rápidos e dolorosamente lentos, lutando contra a morte e contra o tédio numa arena de velocidade revestida a paralelo irregular.
À primeira vista poderia parecer que eu teria sido o patrocinador principal dum dos chaços presentes, mas não. Se a estibordo os dizeres "Bob" estavam pintados em laranja néon sobre fundo branco, a bombordo encontraríamos os dizeres "Marley" em branco sobre fundo laranja néon. Este chaço em particular merecia a designação, estando num estado original atacado apenas pela garrida decoração efectuada com tinta de casa, e pela ausência de vários acessórios supérfluos que, mais que retirados propositadamente, devem ter caído de maduros. O velocímetro esventrado era o receptáculo ideal para armazenar o maço de tabaco.
Famel, Zundapp, Casal, Sis-Sachs, V5 Lotus, todos os grandes estavam presentes. Até algumas Japonesas e aceleras lá andavam. Uma Honda Vision 50 era pilotada por uma senhora. Um triciclo com pneus de moto-ceifeira, sofá e máquina de costura também participou, tendo conseguido realizar algumas voltas à pista sempre com um número variável de passageiros. Do ponto de vista do scooterismo clássico, a máquina mais interessante era o Vespino GL número 3 pilotado alegremente pelo Vasco e pelo Machado, que faziam bom uso dos pedais nas secções íngremes. As más línguas poderão dizer que ganhavam um cavalo de potência, eheh.
Eu ainda consegui ver um puto numa Famel acertar numa pilha de 4 pneus mesmo em cheio, o que me fez ganhar o dia (ele não se magoou). O espectáculo foi interessante da mesma maneira que uma trip de LSD durante um terramoto é interessante. Pelo menos deu para curtir as estradinhas do Marão (soberbas!!!) e treinar a fotografia de acção que bem precisa. A coisa deve correr um bocadinho melhor para a próxima agora que descobri como se dá mais pujança no flash. Olha as fotos aqui.
Os motores castigados ecoaram pela serra num rugido colectivo de dor, adicionando uma agreste dimensão sonora ao espectáculo surreal. Pelas apertadas e serpenteantes ruelas da vila lançaram-se os pilotos, novos e velhos, profissionais e inconscientes, impressionantemente rápidos e dolorosamente lentos, lutando contra a morte e contra o tédio numa arena de velocidade revestida a paralelo irregular.
À primeira vista poderia parecer que eu teria sido o patrocinador principal dum dos chaços presentes, mas não. Se a estibordo os dizeres "Bob" estavam pintados em laranja néon sobre fundo branco, a bombordo encontraríamos os dizeres "Marley" em branco sobre fundo laranja néon. Este chaço em particular merecia a designação, estando num estado original atacado apenas pela garrida decoração efectuada com tinta de casa, e pela ausência de vários acessórios supérfluos que, mais que retirados propositadamente, devem ter caído de maduros. O velocímetro esventrado era o receptáculo ideal para armazenar o maço de tabaco.
Famel, Zundapp, Casal, Sis-Sachs, V5 Lotus, todos os grandes estavam presentes. Até algumas Japonesas e aceleras lá andavam. Uma Honda Vision 50 era pilotada por uma senhora. Um triciclo com pneus de moto-ceifeira, sofá e máquina de costura também participou, tendo conseguido realizar algumas voltas à pista sempre com um número variável de passageiros. Do ponto de vista do scooterismo clássico, a máquina mais interessante era o Vespino GL número 3 pilotado alegremente pelo Vasco e pelo Machado, que faziam bom uso dos pedais nas secções íngremes. As más línguas poderão dizer que ganhavam um cavalo de potência, eheh.
Eu ainda consegui ver um puto numa Famel acertar numa pilha de 4 pneus mesmo em cheio, o que me fez ganhar o dia (ele não se magoou). O espectáculo foi interessante da mesma maneira que uma trip de LSD durante um terramoto é interessante. Pelo menos deu para curtir as estradinhas do Marão (soberbas!!!) e treinar a fotografia de acção que bem precisa. A coisa deve correr um bocadinho melhor para a próxima agora que descobri como se dá mais pujança no flash. Olha as fotos aqui.