Já todos ouvimos estas alegações - no café, nos fóruns, no clube. "A minha dá 130 a subir um pinheiro", "comi o gajo só com um bocado de punho de terceira", "não há T5 kitada que me toque". Tais afirmações raramente podem ser provadas, uma impossibilidade dramática no caso de serem verdadeiras e ainda mais no caso de serem falsas.
"What would Jeremy Clarkson do?" A Horta sugere uma solução para aferir de modo pragmático e quantitativo o nível de barrote de cada Vespa, e assim estabelecer uma cadeia alimentar global e clara que não seja baseada em área cromada. Eu chamo-lhe... a Bola de Canhão.
Estabeleçam-se 4 ou 5 percursos em auto-estrada/IC grátis e pouco movimentada, distribuídos por todo o país. Estes percursos deverão ter uma extensão entre os 60 e os 120 quilómetros, e começar e acabar em pontos de acesso fácil como nós ou estações de serviço. Qualquer pessoa é livre de fazer um percurso quando e quantas vezes quiser, bastando marcar o tempo de chegada e partida com fotografias de um relógio, por exemplo. A média obtida poderia então ser partilhada num fórum da interwébe adequado, estabelecendo-se desse modo uma classificação inequívoca à escala nacional.
A coisa poderia ser feita de modo legal e seguro, dado que dificilmente uma scooter clássica de estrada consegue atingir velocidades perigosas na AE de modo sustentado - em Portugal, claro, pois noutros sítios a coisa pia mais fina ;-). Viagens a outras zonas do país também poderiam ser planeadas de modo a incluirem estes percursos cronometrados no itinerário, gerando um Grand Tour de kitanço que ficaria bem na assinatura do fórum de qualquer scooterista de sangue na guelra.
O sistema Bola de Canhão tem também a vantagem (do meu ponto de vista) de privilegiar a fiabilidade; não é difícil colocar uma Vespa a andar depressa, mas fazer com que ela aguente uma hora de gás colado é outra coisa completamente diferente que exige verdadeira mestria mecânica e não apenas um cartão de crédito e uma conta na SIP.
Novamente, a Horta oferece soluções imediatas e acessíveis para os problemas mais graves dos scooteristas nacionais. Já agora, o meu recorde é 96 quilómetros numa hora, algures no meio de Portugal, à noite. A sério, eu mostro-vos a tatuagem.
4 comentários:
Boa ideia...
Já agora esse xaruto verde nunca seria capaz de fazer 96km's numa hora...
Queres lá ir? É que estás a abanar o pessegueiro, é bom que te apeteça comer pêssegos... :-)
No último sábado enquanto estava no café com uns amigos e depois de se terem esgotado os assuntos de bola, carros e gajas, houve um cromo que disse ter dado 160 (cento e sessenta) km/h numa T5. "Eh pá, o ponteiro estava lá", disse ele... Enfim, lá voltámos à temática das saias.
Quanto à Cannonball, acho uma ideia fantástica e estou disposto ao cronometrar o troço Nó dos Carvalhos - Coimbra Norte (sim, eu sei que não é grátis) na minha Vespa sem barrote mas com um windshield
E os dados serão apresentados em Velocidade Piaggio (KmP/h) e KmP (Quilometros Piaggio) ou em valores reais, como por exemplo, por satélite?
...e depois também há a cena do "demorei uma hora e treze minutos, deixa cá arredondar para uma hora!"
O ideal era a contagem ser feita por um terceiro!
Posso correr com a meu "aspirador"?
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