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8.7.11

Porcas e feias

Já vi velhotes a chegarem às concentrações, sacarem do paninho e começarem a polir diligentemente a Sprinter. Eu, por outro lado, passei os últimos anos sem sequer lavar a Vespa.

Posso ser porco mas não sou cego. Era óbvio que a PX começava a ficar imunda. O chão estava a quase a gerar o seu próprio ecossistema. Aos poucos comecei a pensar "meu, tenho que lavar a PX um dia destes"; depois de ter testado a PX nova durante alguns dias, passou para "meu, tenho mesmo que lavar a PX"; e depois de um raio duma gaivota se ter aliviado em cima do meu velocímetro, passou a "fónix é hoje!"

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Antes de secar ainda parecia pior...
Não acho que o facto de uma gaivota ter largado um poio em cima da minha Vespa seja sinal do Apocalipse - algumas coisas são apenas azar. No entanto, o facto de eu ter lavado a minha Vespa após vários anos de negligência higiénica quase total é um indicador claro da proximidade de 1000 anos de caos e sofrimento.

Já nem me lembrava que a tinta tinha brilho...

Continuando no tema das Vespas insalubres, pude observar em Aveio a Vespa Super Com Pior Aspecto De Portugal (V.S.C.P.A.D.P.). E, creio também, territórios de soberania partilhada. O mercado nacional das Vespas clássicas está mesmo a raspar o fundo do barril...

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"É só passar um paninho..."

Este exemplar estava estacionado na rua e a única razão que encontro para a sua localização (em vez de no fundo de um poço ou 2 metros abaixo do chão) é que teria um papel afixado com os dizeres "Vendo 1800 euros" e um telemóvel. O papel desapareceu pois alguém considerou o negócio atraente.

Ainda há tempo de a pintar de azul-cueca e ir curtir o Verão.
    

1 comentário:

Guilherme disse...

e uma fotografia da PX lavada para o pessoal apreciar o "brilho" da pintura?
P.s: muito boa a legenda da foto. lol